Redução da toxicidade aguda de lixiviado de aterro sanitário em co-tratamento com esgoto doméstico pelo processo integrado de lodo ativado com biofilme em leito móvel

  • Fábio Campos Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP)
  • Roque Passos Piveli Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP)
Palavras-chave: ecotoxicologia, processos biológicos, tratabilidade.

Resumo

Neste estudo objetivou-se avaliar a redução da toxicidade aguda no efluente gerado pelo processo híbrido IFAS (Integrated Fixed-Film Activated Sludge) tratando lixiviado de aterro sanitário com esgoto doméstico, por meio de ensaios de toxicidade aguda sobre bactérias marinhas Allivibrio fischeri e microcrustáceo Daphnia similis. Com o intuito de avaliar a capacidade do tratamento no abrandamento da toxicidade do afluente, foram desenvolvidas três etapas experimentais com contribuições de lixiviado na composição do afluente de: 5%, 10% e 20% da carga total de DBO. De uma forma geral, os resultados demonstram que mesmo na maior contribuição de lixiviado não ocorreram alterações significativas no comportamento e eficiência do processo biológico; contudo, em relação ao grau de toxicidade aguda observado no afluente, foi possível se obter apenas alteração na sua classificação de Muito Tóxico para Tóxico nos efluentes nas três fases de operação, mesmo chegando a níveis de redução em torno de 70% como o obtido na última etapa do estudo; o que evidencia a necessidade de um maior controle e avaliação dessa variável. A metodologia empregando a técnica de Microtox® mostrou-se mais sensível aos compostos presente nas amostras quando comparada com a técnica utilizando os microcrustáceos D. similis.

Biografia do Autor

Fábio Campos, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP)
Formado em Biologia com mestrado em Engenharia Sanitária pela EPUSP e Doutor em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Atua há mais de 20 anos como responsável técnico pelo Laboratório de Saneamento “Prof. Lucas Nogueira Garcez”, do Depto. de Engenharia Hidráulica e Ambiental da EPUSP. Tem como foco da atuação pesquisas relacionadas ao tratamento de esgoto, sobretudo, remoção de nutrientes, e lixiviados de aterro sanitário.
Roque Passos Piveli, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP)
Engenheiro Civil formado na Escola de Engenharia de São Carlos – USP, com mestrado em Eng. Civil pela mesma faculdade e doutorado em Eng. Hidráulica e Sanitária pela EPUSP; possui Livre-Docência pela mesma faculdade e, atualmente, é Professor Associado do Depto. de Engenharia Hidráulica e Ambiental da EPUSP. Ocupa o cargo de chefia do Depto. de Engenharia Hidráulica e Ambiental da EPUSP
Publicado
15/04/2016
Seção
Artigos