Análise de controles biológicos e meteorológicos da evapotranspiração em áreas de florestas primárias e pastagem na Amazônia
Palavras-chave:
fator de desacoplamento, resistência aerodinâmica, resistência estomática.
Resumo
O comportamento e a sazonalidade da evapotranspiração influenciada por fatores bióticos e abióticos foram estudados por meio da análise de variações diárias da resistência aerodinâmica (ra), da resistência estomática (rs) e do fator de desacoplamento (Ω), um índice proposto por Jarvis e McNaughton (1986) como um indicativo do controle das resistências na evapotranspiração da vegetação. A seleção de dados representativos de estações secas e úmidas de uma floresta primária na Amazônia Central, uma floresta primária e uma área de pastagem no sudoeste da Amazônia, demonstrou que: (i) ra é cerca de 20 s.m-1 nas florestas em ambas as estações, e varia de 70 a 100 s.m-1 na área de pastagem; (ii) rs varia ao longo do dia e sazonalmente, com medianas passando de 40 no período da manhã, para 150 s.m-1 no final da tarde, na estação chuvosa na floresta e 50 a160 s.m-1 no pasto. Estas medianas aumentam na estação seca, com as rs florestais que variam de 50 a 500 s.m-1 e rs na pastagem a partir de 140 s.m-1 chegando a mais de 1800 s.m-1 nas tardes secas; (iii) Ω varia de 0,5 a 0,8 durante a estação chuvosa, e cai para valores inferiores a 0,5 nas tardes durante a estação seca, o que indica que, apesar de uma forte influência do saldo de radiação na perda evaporativa, em grande parte os fluxos da evapotranspiração são acoplados ao controle biótico pelo fechamento dos estômatos na vegetação, especialmente no pasto e durante períodos de seca.
Publicado
22/02/2017
Edição
Seção
Artigos
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