Remoção de microcistina-LR da Microcystis aeruginosa utilizando bagaço de cana-de-açúcar in natura e carvão ativado

  • Aline Rafaela de Almeida Universidade Tecnológica Federal do Paraná-UTFPR
  • Fernando Hermes Passig Engenheiro Sanitarista, Professor Dr.
  • Thomaz Aurélio Pagioro Biólogo, Professor Dr.
  • Priscila Tiemi Higuti do Nascimento Engenheira Química, Mestranda em Engenharia Química
  • Karina Querne de Carvalho Engenheira Civil, Professora Dra.
Palavras-chave: adsorção, isoterma de Freundlich, isoterma de Langmuir.

Resumo

Microcistina-LR é um tipo de toxina liberada pela cianobactéria Microcystis aeruginosa encontrada em mananciais de água usados para abastecimento humano que pode causar doenças e até mesmo a mortandade do homem se não for totalmente removida no tratamento convencional da água. A retenção desta toxina é muitas vezes realizada através do processo de adsorção em carvão ativado nas estações de tratamento de água. Neste estudo foi avaliada a utilização do bagaço de cana-de-açúcar in natura como bioadsorvente em comparação ao carvão ativado na retenção da microcistina-LR. Primeiramente foi caracterizado o bioadsorvente e o carvão ativado em função de suas características físicas e químicas, e posteriormente foram realizados ensaios de adsorção. O desempenho da adsorção foi avaliado pela eficiência da retenção da toxina e pela capacidade máxima adsortiva. As eficiências médias de retenção da toxina no carvão ativado resultaram em 65,25; 41,74 e 11,75%; e de 24,15; 18,92 e 12,27% no bagaço de cana-de-açúcar para as concentrações de 2,36, 3,33 e 3,83 µg L-1, respectivamente. O bioadsorvente apresentou eficiência de remoção da toxina similar àquela observada no carvão ativado para a concentração de 3,83 µg L-1. A capacidade máxima adsortiva obtida com o melhor ajuste linear para isoterma de Freundlich, foi de 6047,84 µg g-1 (concentração de toxina de 3,83 µg L-1) para o bagaço de cana-de-açúcar e de 338,61 µg g-1 (concentração de toxina de 2,36 µg L-1) para o carvão ativado.

Biografia do Autor

Aline Rafaela de Almeida, Universidade Tecnológica Federal do Paraná-UTFPR
“Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (PPGCTA), área de Monitoramento e Controle Ambiental na Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR), desenvolvendo projeto com tecnologia de adsorção e tratamento de água de abastecimento. Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal do Paraná (2012). Trabalha como assistente em administração, atuando na secretaria da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPPG) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná e secretaria o Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos (CEP) na Universidade Tecnológica Federal do Paraná desde 2011. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em Tratamento de Águas de Abastecimento e Residuárias”.
Fernando Hermes Passig, Engenheiro Sanitarista, Professor Dr.
“Graduado em Engenharia Sanitária pela Universidade Federal de Santa Catarina (1993), Mestre em Engenharia Civil na Area de Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos/Universidade de São Paulo (1997), MBA em Gestão empresarial pela Fundação Getulio Vargas (2002) e Doutor em Engenharia Civil na Área de Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos / Universidade de São Paulo (2005). Atualmente é professor Dedicação Exclusiva da Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Curitiba, atuando diretamente no curso de Pós graduação em ciência e Tecnologia Ambiental e na graduação no Curso Superior de Tecnologia em Processos Ambientais e Quimica. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, atuando principalmente nas seguintes Áreas: Gererenciamento e Tratamento de Águas, Gerenciamento e tratamento de Efluentes (Projetos e operação de Grandes estações de Tratamento) e Gerenciamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos”.
Thomaz Aurélio Pagioro, Biólogo, Professor Dr.
“Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Maringá (1992), e mestrado (1996) e doutorado (1999) em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais pela Universidade Estadual de Maringá. Atualmente é Professor Associado da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, atuando na graduação e junto aos Programas de Pós-Graduação "stricto sensu" em Ciência e Tecnologia Ambiental e de Engenharia Civil, nas áreas de Ecologia e de Recursos Hídricos. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Limnologia Física, Química e Biológica, atuando principalmente nos seguintes temas: bacterioplâncton, macrófitas aquáticas, limnologia física e química, ecologia, reservatório”.
Priscila Tiemi Higuti do Nascimento, Engenheira Química, Mestranda em Engenharia Química
Possui graduação em Engenharia Quimica pela Universidade Federal do Paraná(2013).
Karina Querne de Carvalho, Engenheira Civil, Professora Dra.
Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Maringá (1997), mestrado em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (2002) e doutorado em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (2006). Atuou como docente na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (câmpus Campo Mourão) junto aos Departamentos de Ambiental e de Engenharia Civil. Atualmente é docente na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (câmpus Curitiba) no Departamento Acadêmico de Construção Civil (DACOC), no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (PPGCTA) e no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGEC) como docente permanente. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em Tratamento de Águas de Abastecimento, Qualidade da Água em corpos hídricos, Tratamento de Esgotos Sanitários por Processos Biológicos e Tratamento de Efluentes Têxteis por processos físico-químicos.
Publicado
20/01/2016
Seção
Artigos