Análise da renovação das águas do Sistema Estuarino de Santos usando modelagem computacional

  • Fernando Roversi Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil Programa de Engenharia Oceânica/Área de Engenharia Costeira e Oceanográfica
  • Paulo Cesar Colonna Rosman Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil Programa de Engenharia Oceânica/Área de Engenharia Costeira e Oceanográfica
  • Joseph Harari Universidade de São Paulo (IO-USP), São Paulo, SP, Brasil Instituto Oceanográfico
Palavras-chave: hidrodinâmica, modelagem de circulação, SisBaHiA®.

Resumo

A investigação de processos inerentes a um sistema estuarino permite inferir de forma mais precisa sua complexa dinâmica, possibilitando o balizamento de estratégias de ação em planos de gestão e projetos ambientais em regiões costeiras. Este trabalho apresenta um estudo da hidrodinâmica do Sistema Estuarino de Santos (SP), com enfoque na análise da renovação de suas águas, pelo efeito da maré e pelas vazões fluviais afluentes. Por meio do SisBaHiA® (Sistema Base de Hidrodinâmica Ambiental) foi implementado um modelo hidrodinâmico computacional para a reprodução dos padrões de circulação do sistema. A partir de simulações com o Modelo de Transporte Euleriano, foram então calculadas as taxas de renovação de suas águas, para os períodos representativos de verão e de inverno. Os resultados, apresentados na forma de mapas e na forma de séries temporais de renovação, indicaram que após 30 dias todo o sistema apresenta uma renovação total maior que 95%. Diferenças sazonais puderam ser verificadas apenas em regiões mais internas do estuário, e.g., no Canal de Piaçaguera.


Biografia do Autor

Fernando Roversi, Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil Programa de Engenharia Oceânica/Área de Engenharia Costeira e Oceanográfica
Graduado em Engenharia Ambiental pela Universidade Estadual Paulista, UNESP - Campus de Rio Claro (2009), bolsista do PRH-05/ANP; M.Sc. em Engenharia Oceânica pela COPPE/UFRJ (2012). Desenvolveu trabalhos de pesquisa científica na área de modelagem computacional hidrodinâmica, transporte de constituintes e de derrames de óleo, em corpos d'água naturais. Atuou em empresas de consultoria no desenvolvimento de estudos ambientais (e.g. ASA - Applied Science Associates e Tt - Tetra Tech Brasil). Trabalhou como Engenheiro Ambiental Corporativo na Engeform, construtora localizada na cidade de São Paulo. Desde Mar/2015 é doutorando pela COPPE/UFRJ.
Paulo Cesar Colonna Rosman, Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil Programa de Engenharia Oceânica/Área de Engenharia Costeira e Oceanográfica
Graduado em Engenharia Civil, ênfase Obras Hidráulicas e Saneamento, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1977), M.Sc. em Engenharia Oceânica pela COPPE/UFRJ (1979) e Ph.D. em Engenharia Costeira - Civil Eng. Dept. Massachusetts Institute of Technology (1987). Professor Titular do Dept. Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Escola Politécnica/UFRJ e da Área de Engenharia Costeira & Oceanográfica da COPPE/UFRJ. Experiência em Engenharia Civil e Ambiental com ênfase em Recursos Hídricos e Engenharia Costeira e Oceanográfica, atuando principalmente em: hidrodinâmica ambiental, modelagem computacional de circulação hidrodinâmica em corpos de água com superfície livre, controle de poluição e qualidade de água, processos sedimentológicos, obras costeiras e fluviais, dragagens, emissários submarinos e lançamento de efluentes.
Joseph Harari, Universidade de São Paulo (IO-USP), São Paulo, SP, Brasil Instituto Oceanográfico
Possui graduação em Física pela Universidade de São Paulo (1973), mestrado em Oceanografia Física pela Universidade de São Paulo (1977) e doutorado em Meteorologia pela Universidade de São Paulo (1984). Atualmente é professor associado (livre - docente) da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Oceanografia, com ênfase em Movimento da Água do Mar, atuando principalmente nos seguintes temas: circulação costeira, modelagem numérica hidrodinâmica e de dispersão, análise de séries temporais e de marés, monitoramento do nível médio do mar e processamento de dados de altimetria de satélite. 
Publicado
23/06/2016
Seção
Artigos