Estudo da qualidade da água por meio de bioindicadores bentônicos em córregos da área rural e urbana

  • Sandro Morais Pimenta Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Goiás-IFG
  • Geraldo Resende Boaventura Universidade de Brasília - UnB
  • Alfredo Palau Peña Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC
  • Tiago Godoi Ribeiro Instituto Federal de Goiás - IFG
Palavras-chave: poluição, espécies resistentes, Formosa, Goiás, sedimento.

Resumo

Na avaliação da qualidade da água, além das análises físico-químicas e geoquímicas, outros métodos podem ser utilizados para realizar estudos ou monitoramentos. O objetivo deste estudo foi utilizar espécies de bioindicadores bentônicos intolerantes, tolerantes e resistentes às alterações na qualidade da água de dois córregos, considerando a granulometria dos sedimentos e sólidos voláteis. Foram amostrados oito pontos no córrego Bandeirinha e quatro pontos no córrego Josefa Gomes nos meses de janeiro e setembro de 2013. Os córregos estão localizados no município de Formosa-GO. A escolha dos dois córregos deu-se por estarem inseridos em ambientes distintos. Foram utilizados os índices de diversidade Shannon (H), Equitabilidade (E) e Similaridade de Bray-Curtis e o método de agrupamento UPGMA (Unweighted Pair Group Method with Arithmetic Mean). Foram identificadas no córrego Bandeirinha espécies bioindicadoras intolerantes às alterações na qualidade da água. Os reduzidos valores aferidos de sólidos voláteis, próprios de locais com pouca alteração antrópica, e as maiores dimensões granulométricas também corroboram uma paridade nos resultados. O córrego Josefa Gomes, completamente inserido em ambiente urbano apresentou alterações com espécies tolerantes e resistentes. Os resultados demostraram a distinção da qualidade da água em ambiente rural e urbano e a relação dos bioindicadores com os sedimentos. O estudo auxilia na interpretação das alterações na qualidade nas duas drenagens na região. A análise da qualidade da água por meio dos bioindicadores bentônicos pode ser associada às análises físico-químicas e geoquímicas da água e dos sedimentos para uma melhor interpretação dos resultados.

Biografia do Autor

Sandro Morais Pimenta, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Goiás-IFG
Doutorando em Geociências Aplicadas pela UnB. Possui Mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (2008); Especialização em Gestão e Inovação Tecnológica na Construção pela Universidade Federal de Lavras (2006) e Graduação em Tecnologia em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (2004). Atualmente é professor efetivo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás.Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em Controle da Poluição, atuando principalmente nos seguintes temas: bacia hidrográfica, qualidade da água, uso do solo, avaliação de impactos e passivos ambientais.
Geraldo Resende Boaventura, Universidade de Brasília - UnB
Professor titular Aposentado do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília. Atualmente possui vinculo como Pesquisador Colaborador Senior nos programas de Pós-graduação em Geologia e Geociências Aplicadas do IG-UNB; Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geoquímica Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: Qualidade de água,.elementos-traço, geoquímica, sedimentos e aguas superficiais.Graduação em Química pela Universidade de Brasília (1980), mestrado em Geociências (Geoquímica) pela Universidade Federal Fluminense (1990), doutorado em Química Analítica e Ambiental pela Universidade de Brasília (1995) e estágio senior de pós-doutorado, no período de janeiro a junho de 2008, no LMTG (Laboratoire des Mécanismes et Tansferts em Géologie), atualmente GET (Geociences Environnement Toulouse - França), onde desenvolveu estudos sobre metodologias para determinação de isótopos de elementos de transição usando ICP/MS-Multicoletor. Lider do Grupo de Pesquisa "Geoquímica Ambiental" na UnB.
Alfredo Palau Peña, Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC
Possui graduação em Bacharel em Biologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (1995), graduação em Arqueologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2012) e Mestrado em Biologia pela Universidade Federal de Goiás (2000). Atualmente é consultor para squamata e anfpibios do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, direção da Associação Brasileira para a Conservação das Tartarugas, diretor executivo - Ecoarqueologia Brasil Ltda ME, pesquisador - Ecoarqueologia Brasil Ltda ME, Professor Assistente I da Pontifícia Universidade Católica de Goiás no Curso de Arqueologia. Professor Convidado Faculdade União de Goyazes, do Curso Pós-Graduação: Biologia da Conservação com enfase em Gestão Ambiental, Subdelegado do Conselho Regional de Biologia 4ª Região.Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia Animal, atuando principalmente nos seguintes temas: comunidades, distribuição geográfica, cerrado, fauna terrestre e aquática, monitoramentos e levantamentos. Também nos temas Espeleologia com enfase em bioespeleologia, e Arqueologia com enfase em arte rupestre, zooarqueologia e pré-história brasileira.
Tiago Godoi Ribeiro, Instituto Federal de Goiás - IFG
Doutorando em Geociências Aplicadas pela UnB. Possui Mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (2013); Especialização em Gestão e Inovação Tecnológica na Construção pela Universidade Federal de Lavras (2006) e Graduação em Tecnologia em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (2004). Atualmente é professor efetivo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás. Tem experiência na área de Ciências Ambientais, com ênfase em Gestão Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: licenciamento ambiental, qualidade ambiental, avaliação de impactos e passivos ambientais.
Publicado
20/01/2016
Seção
Artigos