Determinação das condições operacionais para o tratamento terciário de efluente frigorífico pelo processo integrado Fenton Coagulação

  • Fernanda Salbego Colombari de Almeida Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Medianeira
  • Aline Cavalli Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Medianeira
  • Daine Cristina Lenhard Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Medianeira
  • Aziza Kamal Genena Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Medianeira
Palavras-chave: degradação, matéria orgânica, processos de oxidação avançada

Resumo

Os processos de oxidação avançada (POAs) têm surgido como métodos eficazes para o tratamento terciário de efluentes industriais porque eles são capazes de destruir os poluentes e não apenas transferí-los de uma fase para outra como ocorre nos processos terciários convencionais aplicados em indústrias frigoríficas. O processo biológico, tratamento principal utilizado para efluentes frigoríficos, é limitado à degradação de substâncias biodegradáveis e que não são tóxicas para a cultura biológica. A utilização de um processo integrado Fenton-Coagulação para o tratamento terciário desses efluentes aparece como uma alternativa promissora e, portanto, o objetivo do presente trabalho foi determinar as condições operacionais do processo proposto para o tratamento terciário de efluente frigorífico. As variáveis investigadas foram a razão [Fe+2]/[H2O2] e pHCOAGULAÇÃO. Os ensaios foram conduzidos em triplicata de acordo com um delineamento central composto rotacional (DCCR) 22, com três pontos centrais e quatro pontos axiais, que totalizou 11 ensaios. A eficiência do processo proposto foi determinada em cada ensaio experimental em função da eficiência de remoção da demanda química de oxigênio (DQO). Na faixa investigada, as condições operacionais definidas foram razão [Fe+2]/[H2O2] de 0,800 e o pHCOAGULAÇÃO de 5,50. O estudo revelou que o processo integrado Fenton-Coagulação proposto conduzido nas condições definidas alcançou uma eficiência de remoção de DQO superior a 71%, e pode, portanto, ser usado para o tratamento terciário de efluente frigorífico com o objetivo de degradação de matéria orgânica recalcitrante (não biodegradável).

Biografia do Autor

Fernanda Salbego Colombari de Almeida, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Medianeira
Graduação em Tecnologia em Alimentos pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Medianeira (2011), mestrado em Tecnologia em Alimentos pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Medianeira (2014). Linhas de Pesquisa: Ciência e tecnologia de Carnes e Derivados;Reaproveitamento de sub-produtos da indústria;Tratamento e Processos de Oxidação Avançados; Análises Físico-Químicas de Alimentos. Controle de Qualidade, HACCP.
Aline Cavalli, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Medianeira
Estudante do curso de engenharia ambiental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Medianeira.
Daine Cristina Lenhard, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Medianeira
Graduada em Engenharia Química pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2004), possui mestrado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Maringá (2006) e doutorado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Maringá (2010). Atualmente é professora adjunta da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Medianeira. Tem experiência na área de Engenharia Química, com ênfase no estudo e tratamento de efluentes industriais, pelo processo de foto-oxidação catalítica e por processos de degradação utilizando fungos ligninolíticos.
Aziza Kamal Genena, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Medianeira
Possui graduação em Engenharia de Alimentos pela Universidade Federal de Santa Catarina (2002), mestrado em Engenharia de Alimentos pela Universidade Federal de Santa Catarina (2005) e doutorado em Engenharia Química pela Universidade Federal de Santa Catarina (Doutorado-Sanduíche na RWTH-Aachen, Alemanha 2008/2009). Atualmente é Professora de Ensino Superior - Adjunto III - na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), e Coordenadora do Curso de Engenharia de Alimentos na mesma Instituição. Tem experiência na área de Engenharia Química, com ênfase em tratamento de efluentes industriais por processos oxidativos e processos de oxidação avançada, cinética de degradação de compostos persistentes, análise cromatográfica (LC/MSn), e na área de Engenharia de Alimentos, com ênfase em extração supercrítica e avaliação de atividade antioxidante. Desde de 2011 atua no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Alimentos (PPGTA) da UTFPR.
Publicado
24/06/2015
Seção
Artigos