Avaliação de metais traços em peixes amazônicos expostos à esgoto urbano não tratado: altas concentrações de cromo em tecidos de peixes

  • Eduardo Araujo de Sousa Laboratório de Biogeoquímica Ambiental Wolfgang Christian Pfeiffer, Universidade Federal de Rondônia - BR 364, Km 9,5, sentido Rio Branco, Porto Velho, Rondônia
  • Márcio Rodrigues Miranda Laboratório de Biogeoquímica Ambiental Wolfgang Christian Pfeiffer, Universidade Federal de Rondônia - BR 364, Km 9,5, sentido Rio Branco, Porto Velho, Rondônia
  • Marília Hauser dos Santos Laboratório de Ictiologia e Pesca da Universidade Federal de Rondônia - BR 364, Km 9,5, sentido Rio Branco, Porto Velho, Rondônia
  • Walkimar Aleixo Costa Júnior Laboratório de Biogeoquímica Ambiental Wolfgang Christian Pfeiffer, Universidade Federal de Rondônia - BR 364, Km 9,5, sentido Rio Branco, Porto Velho, Rondônia
  • Leidiane Caroline Lauthartte Laboratório de Biogeoquímica Ambiental Wolfgang Christian Pfeiffer, Universidade Federal de Rondônia - BR 364, Km 9,5, sentido Rio Branco, Porto Velho, Rondônia
  • Marília Higino Mussy Laboratório de Biogeoquímica Ambiental Wolfgang Christian Pfeiffer, Universidade Federal de Rondônia - BR 364, Km 9,5, sentido Rio Branco, Porto Velho, Rondônia
  • Igor Bruno Barbosa de Holanda Laboratório de Biogeoquímica Ambiental Wolfgang Christian Pfeiffer, Universidade Federal de Rondônia - BR 364, Km 9,5, sentido Rio Branco, Porto Velho, Rondônia
  • Wanderley Rodrigues Bastos Laboratório de Biogeoquímica Ambiental Wolfgang Christian Pfeiffer, Universidade Federal de Rondônia - BR 364, Km 9,5, sentido Rio Branco, Porto Velho, Rondônia
Palavras-chave: ANVISA, bioacumulação, consumo de peixe, ingestão diária, Rio Madeira

Resumo

O objetivo desse estudo foi avaliar a qualidade do peixe em relação a contaminantes inorgânicos (Zn, Pb, Cu, Cr, Ni e Hg), seguindo as determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em cinco espécies de peixes amazônicos expostos à esgoto urbano não tratado. As concentrações de metais traços foram avaliadas em tecidos musculares de Schizodon fasciatus (herbívoro), Potamorhina latior (detritívoro), Triportheus angulatus (onívoro), Plagioscion squamosissimus (carnívoro) e Rhaphiodon vulpinus (piscívoro) coletados a montante e a jusante da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, rio Madeira (Porto Velho, Brasil). Para a extração dos metais traços dos tecidos musculares, foi utilizada uma digestão química ácida. Para quantificar as concentrações dos metais traços, foram utilizadas técnicas de espectrometria de absorção atômica. As amostras de peixes apresentaram valores acima do permitido somente para Cr (0,10 mg.kg-1), exceto em P. squamosissimus (0,09 mg.kg-1). Espécimes de P. latior coletados a jusante, apresentaram maiores concentrações de Cr (p<0,0001) que espécimes coletados a montante. Tal fato, talvez indique que os despejos de esgoto urbano não-tratado dentro do rio (jusante), estejam influenciando nas concentrações de Cr. Pelo fato do Cr ter ultrapassado o valor permitido para consumo, foi calculado a ingestão diária estimada de Cr em população urbana brasileira e ribeirinha baseados em seus respectivos consumos de peixe, a partir de cada espécie coletada a montante e a jusante. A ingestão diária estimada de cromo apresentou maiores valores a partir do consumo de peixes da jusante e os valores foram 13 vezes maiores na população ribeirinha do que na população urbana brasileira.

Biografia do Autor

Eduardo Araujo de Sousa, Laboratório de Biogeoquímica Ambiental Wolfgang Christian Pfeiffer, Universidade Federal de Rondônia - BR 364, Km 9,5, sentido Rio Branco, Porto Velho, Rondônia
Departamento de Biologia
Márcio Rodrigues Miranda, Laboratório de Biogeoquímica Ambiental Wolfgang Christian Pfeiffer, Universidade Federal de Rondônia - BR 364, Km 9,5, sentido Rio Branco, Porto Velho, Rondônia
Doutor e pesquisador no Laboratório de Biogeoquímica Ambiental Wolfgang Christian Pfeiffer
Marília Hauser dos Santos, Laboratório de Ictiologia e Pesca da Universidade Federal de Rondônia - BR 364, Km 9,5, sentido Rio Branco, Porto Velho, Rondônia
Aluna de doutorado do Programa de Pós-Graduação da Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (BIONORTE)
Walkimar Aleixo Costa Júnior, Laboratório de Biogeoquímica Ambiental Wolfgang Christian Pfeiffer, Universidade Federal de Rondônia - BR 364, Km 9,5, sentido Rio Branco, Porto Velho, Rondônia
Técnico de laboratório pelo departamento de química da Universidade Federal de Rondônia
Leidiane Caroline Lauthartte, Laboratório de Biogeoquímica Ambiental Wolfgang Christian Pfeiffer, Universidade Federal de Rondônia - BR 364, Km 9,5, sentido Rio Branco, Porto Velho, Rondônia
Aluna de doutorado do Programa de Pós-Graduação da Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (BIONORTE)
Marília Higino Mussy, Laboratório de Biogeoquímica Ambiental Wolfgang Christian Pfeiffer, Universidade Federal de Rondônia - BR 364, Km 9,5, sentido Rio Branco, Porto Velho, Rondônia
Aluna de doutorado pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas (Biofísica) da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
Igor Bruno Barbosa de Holanda, Laboratório de Biogeoquímica Ambiental Wolfgang Christian Pfeiffer, Universidade Federal de Rondônia - BR 364, Km 9,5, sentido Rio Branco, Porto Velho, Rondônia
Mestre e pesquisador no Laboratório de Biogeoquímica Ambiental Wolfgang Christian Pfeiffer
Wanderley Rodrigues Bastos, Laboratório de Biogeoquímica Ambiental Wolfgang Christian Pfeiffer, Universidade Federal de Rondônia - BR 364, Km 9,5, sentido Rio Branco, Porto Velho, Rondônia
Doutor e professor pelo departamento de biologia da Universidade Federal de Rondônia
Publicado
23/06/2015
Seção
Artigos