Eficiência de estação de tratamento de esgoto doméstico visando reuso agrícola

  • Claudinei Fonseca Souza Universidade Federal de São Carlos - CCA/UFSCar
  • Reinaldo Gaspar Bastos Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)
  • Marcus Paulo de Moraes Gomes Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)
  • André Arashiro Pulschen Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)
Palavras-chave: anaeróbio, Desmodesmus subspicatus, microalgas, wetlands, Zantedeschia aethiopica L

Resumo

A progressiva demanda por água tem feito do tratamento e reutilização de efluentes um tema de relevância mundial. Considerando tal situação, este trabalho visa monitorar e avaliar a eficiência de uma estação de tratamento de esgoto (ETE) que atua por meio de processos físicos e biológicos mensurando a redução do teor de matéria orgânica do efluente durante o processo de tratamento e a disposição de nutrientes de importância agrícola no efluente tratado. A ETE foi dimensionada para tratar 2500 litros de esgoto por dia e consiste em 04 unidades discriminadas da seguinte forma: tanque séptico, tanque de microalgas, filtro anaeróbio de fluxo ascendente e wetlands com cultivo de Zantedeschia aethiopica L. A eficiência da ETE atingiu, aproximadamente, 90% na remoção de matéria orgânica proporcionando um efluente adequado para a fertirrigação, mesmo para os elementos Na e Ca que tiveram seus teores aumentados devido ao maior acúmulo de matéria orgânica no filtro anaeróbio de fluxo ascendente e wetlands. A ETE apresenta remoção de nitrogênio e fósforo pela ação das microalgas e das macrófitas utilizadas no processo. O efluente final é composto por elementos de importância agrícola tais como nitrogênio, fósforo, cálcio e potássio e, juntamente com a carga de matéria orgânica e sais, enquadra-se, nas determinações da NBR 13.969/1997 (Norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas) para reutilização na agricultura, porém sem descartar monitoramentos periódicos da salinidade do solo.

Biografia do Autor

Claudinei Fonseca Souza, Universidade Federal de São Carlos - CCA/UFSCar
Atualmente trabalha no Departamento de Recursos Naturais e Proteção Ambiental do Centro de Ciências Agrárias da UFSCar. Professor adjunto nas disciplinas de Hidrologia Ambiental e Manejo de bacias Hidrográficas.
Reinaldo Gaspar Bastos, Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)
É Engenheiro de Alimentos graduado pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) em 2000, Mestre em Engenharia de Alimentos (Área de concentração Bioengenharia de Alimentos) pela FURG (2002) e Doutor em Engenharia Química (Área de concentração Desenvolvimento de Processos Biotecnológicos) pela Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) em 2006. Atualmente é professor adjunto do Departamento de Tecnologia Agroindustrial e S. E. Rural (DTAiSER) do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em Araras, SP. Tem experiência na área de processos biotecnológicos, tendo como principais linhas de pesquisa o cultivo heterotrófico de cianobactérias e microalgas, transferência de oxigênio em biorreatores, cultivo microbiano em suportes sólidos, aproveitamento de resíduos agroindustriais e tratamento biológico de águas residuárias.
Marcus Paulo de Moraes Gomes, Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)
Possui Graduação (Licenciatura e Bacharelado) em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário Herminio Ometto (2008) e curso Técnico em Agropecuária pelo Centro de Educação Tecnológica Paula Souza (1997). Atualmente é aluno da Universidade Federal de São Carlos - Centro de Ciências Agrárias no Programa de de Pós Graduação em Agricultura e Ambiente desenvolvendo dissertação de Mestrado, proprietário e responsável técnico da empresa Pantanal Recursos Hídricos e Consultoria Ambiental Ltda.
André Arashiro Pulschen, Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)
Formado em Bacharelado em Biotecnologia pela Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Atualmente é aluno de Doutorado Direto em Bioquímica pela Universidade de São Paulo (USP)
Publicado
24/06/2015
Seção
Artigos