Evolução espacial de áreas irrigadas com base em sensoriamento remoto o Médio Vale do Paraíba do Sul, Sudeste do Brasil (doi:10.4136/ambi-agua.7)

  • Nilton S. Paes Júnior Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Brasil.
  • Silvio Jorge Coelho Simões Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Brasil.
Palavras-chave: irrigation, land use dynamics, remote sensing, Paraíba Valley

Resumo

Este estudo analisa a evolução espacial das áreas irrigadas na região do Médio Vale do Paraíba do Sul, considerando o período entre 1988 e 2003. O cultivo de arroz de várzea é uma atividade histórica no Vale do Paraíba responsável por cerca de 51% do consumo de água na bacia. A análise espacial multitemporal foi realizada a partir de classificação supervisionada com o auxílio do software SPRING, utilizando-se imagens Landsat-TM. As quatro regiões analisadas (Guaratinguetá, Tremembé, Pindamonhangaba e Lorena-Canas) representam 82% de toda a área irrigada na região. Os resultados mostraram, para o período considerado, significativa redução das áreas de irrigação em Lorena-Canas e Pindamonhangaba, respectivamente 32,4 e 22,7%, enquanto em Tremembé houve a redução menor: 6,4%. A região de Guaratinguetá foi a única a apresentar um aumento da área irrigada: 14,2%. Considerando a área total, houve uma redução de 11,8% no período entre 1988 e 2003. Esses resultados mostram a tendência inversa ao que ocorre em outras regiões do Estado de São Paulo, as quais tiveram um significativo aumento das áreas de irrigação nas últimas décadas. O avanço da urbanização e a explotação de minerais de agregados são responsáveis pela redução das áreas de arroz irrigado, além de contribuir para a destruição do que resta do ecossistema de áreas úmidas ligadas ao Vale do Paraíba.

Biografia do Autor

Silvio Jorge Coelho Simões, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Brasil.
Possui graduação em Geologia pela Universidade de Fortaleza (1978), mestrado em Geociências pela Universidade Estadual de Campinas (1992), doutorado em Geografia (Geografia Física) pela Universidade de São Paulo (1996) e pós-doutorado em Hidrologia pela Universidade de Harvard. Atualmente é professor assistente doutor da Universidade Estadual Paulista (UNESP). Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Hidrologia, atuando principalmente nos seguintes temas: variabilidade climática e recursos hídricos, gestão e monitoramento de recursos hídricos, geohidrologia e geoprocessamento.
Publicado
01/06/2007
Seção
Artigos