Material particulado e internações por doenças isquêmicas do coração em Sorocaba, SP

  • Samara da Silva Gavinier Universidade de Taubaté (UNITAU), Brasil
  • Luiz Fernando Costa Nascimento Universidade de Taubaté
Palavras-chave: doença isquêmica do coração, séries temporais, material particulado, poluentes do ar, poluição do ar

Resumo

Há evidências de que a poluição atmosférica age como fator de risco em doenças isquêmicas do coração. O objetivo deste trabalho foi estimar a associação entre a exposição ao material particulado inalável (PM10) e as internações hospitalares por doenças isquêmicas do coração. Realizou-se estudo ecológico de séries temporais em indivíduos de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 50 anos, residentes em Sorocaba, São Paulo. Os dados de internações foram obtidos do portal DATASUS, CID-10 (I20 a I22 e I24 a I25), referentes ao período de 01 de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2010. As concentrações dos poluentes (material particulado, ozônio, dióxido de nitrogênio, óxido de nitrogênio e óxidos de nitrogênio), temperatura e umidade relativa do ar média foram fornecidas pela Agência Sanitária do Estado de São Paulo. Foi utilizado o modelo aditivo generalizado da regressão de Poisson com defasagens de até quatro dias. Houve 1804 internações no período. A exposição ao PM10 esteve associada com hospitalização por doenças isquêmicas do coração dois e quatro dias após esta exposição com RR= 1,006, IC 95% 1,001–1,012; um incremento de 21 μg m-³ nas concentrações de PM10 esteve associado a um aumento de 13 pontos percentuais no risco de internação para o segundo dia, e de 14, para o quarto dia após a exposição. Assim, foi possível identificar associação à exposição do PM10 nas internações por doenças isquêmicas cardíacas em indivíduos de uma cidade de médio porte de São Paulo.

Biografia do Autor

Samara da Silva Gavinier, Universidade de Taubaté (UNITAU), Brasil
Draduado em Agronomia pela Universidade de Taubaté (1985), concluiu o Mestrado em Agronomia (Energia na Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, em 1991 e o Doutorado em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP), em 1997. Concluiu também uma Especialização em Engenharia de Recursos Hídricos pela Universidade de Taubaté, em 1992. Chefe do Departamento de Ciências Agrárias da UNITAU no período de 1999 a 2003 e Membro efetivo do Conselho Universitário da UNITAU no período de 2004 a 2006. Como Professor Assistente Doutor da Universidade de Taubaté, lecionou na Graduação em Agronomia da UNITAU as disciplinas Hidráulica, Irrigação e Drenagem; Hidrologia e Manejo de Bacias Hidrográficas e Legislação Agrícola e no Mestrado, a disciplina Hidrologia de Superfície. Com experiência na área de Agronomia, tem coordenado vários projetos na área de bacias hidrográficas com recursos do FEHIDRO - SP e do CNPq/CT-HIDRO. Atualmente coordena o Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade de Taubaté (PPGCA-UNITAU).
Luiz Fernando Costa Nascimento, Universidade de Taubaté
Departamento de Medicina. Universidade de Taubaté (UNITAU), Taubaté, SP – Brasil Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais
Publicado
20/08/2014
Seção
Especial