Avaliação da qualidade da água para abastecimento no assentamento de reforma agrária Canudos, Estado de Goiás

  • Paulo Sérgio Scalize Universidade Federal de Goiás
  • Elaine Franciely dos Santos Barros Universidade Federal de Goiás
  • Lorena Acelina Soares Universidade Federal de Goiás
  • Karla Emmanuela Ribeiro Hora Universidade Federal de Goiás
  • Nilson Clementino Ferreira Universidade Federal de Goiás
  • Luis Rodrigo Fernandes Baumann Universidade Federal de Goiás
Palavras-chave: área rural, pequena comunidade, tratamento de água

Resumo

O presente trabalho avaliou a qualidade da água usada pela população do Assentamento Canudos, Goiás, tanto na fonte de abastecimento (captação) como no ponto de consumo (torneiras), além de registrar as condições construtivas e a presença de possíveis focos de contaminação. Os locais foram escolhidos de forma aleatória, considerando no mínimo uma amostra em cada sub-bacia existente no assentamento. Ao todo foram analisadas 35 amostras de água coletadas em 35 lotes (10,6% do total de lotes) e os parâmetros determinados foram E. coli, turbidez, cor aparente, pH, condutividade elétrica (CE), além da identificação e avaliação dos tipos de captações utilizadas, verificando as conformidades com as normas construtivas e de conservação. A análise de representatividade da amostra foi realizada considerando sua quantidade e qualidade, assim como o erro amostral. Os resultados obtidos apontaram que 77,1% utilizam poços rasos, 20% mini poços e 2,9% nascente. Foram detectadas E. coli em 85,7% das captações, sendo observada a maior presença nos locais que utilizavam poços rasos, aliadas às piores condições estruturais e de saneamento. As análises mostraram que a qualidade da água consumida pelos moradores do assentamento necessita de melhorias significativas.

Biografia do Autor

Paulo Sérgio Scalize, Universidade Federal de Goiás
Biomédico e Engenharia Civil, mestrado e doutorado em Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP), 1997 e 2003, respectivamente. Foi funcionário do Departamento Autônomo de Água e Esgotos de Araraquara durante 16 anos, ocupando cargos nas áreas de tratamento de água e esgoto, ambiental e perdas de água. Atualmente é professor adjunto III na Universidade Federal de Goiás atuando na Escola de Engenharia Civil no campus de Goiânia, ocupando o cargo de Coordenador do curso de Engenharia Civil. Professor do Programa de Pós Graduação da Engenharia do Meio Ambiente da EEC/UFG.
Elaine Franciely dos Santos Barros, Universidade Federal de Goiás
Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Goiás - Campus Jataí (2008). Especialista em Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos e Mestra em Engenharia do Meio Ambiente pela Escola de Engenharia Civil da Universidade Federal de Goiás. Gestora de projetos ambientais da empresa Neotropica Tecnologia Ambienttal. Tem experiência na área de meio ambiente e ecologia atuando principalmente nos seguintes temas: biomonitoramento da qualidade ambiental, qualidades das águas superficiais e subterrâneas, tratamento das águas e efluentes, saneamento ambiental.
Lorena Acelina Soares, Universidade Federal de Goiás
Química Agroindustrial, formada pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás e Mestre em Engenharia do Meio Ambiente pela Universidade Federal de Goiás. Trabalhou no controle de qualidade de indústria de saneantes, participou de pesquisa na área de ciência e tecnologia de alimentos, por meio do estágio na Embrapa Arroz e Feijão. Realizou intercâmbio na Universidade de Ciências Aplicadas - Trier/Alemanha, onde trabalhou na área de ciência de materiais.
Karla Emmanuela Ribeiro Hora, Universidade Federal de Goiás
Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela UCG (2001), mestrado em Geografia pela UFG (2003) e Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela UFPR (2009). Desenvolve pesquisas na área de Planejamento Urbano Ambiental com interfaces em Planejamento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental. Professora Adjunta da Universidade Federal de Goiás.
Nilson Clementino Ferreira, Universidade Federal de Goiás
possui graduação em Engenharia Cartográfica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1990), mestrado em Engenharia de Transportes pela Universidade de São Paulo (1997) e doutorado em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Goiás (2006). Atualmente é professor da Escola de Engenharia Civil da Universidade Federal de Goiás. É professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia do Meio Ambiente - PPGEMA/UFG e do Programa de Pós-Graduação em Geografia - IESA/UFG Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geoprocessamento, atuando principalmente nos seguintes temas: Geoprocessamento, Cartografia, Sensoriamento Remoto, SIG e Monitoramento Ambiental.
Luis Rodrigo Fernandes Baumann, Universidade Federal de Goiás
Possui graduação em Matemática pela Universidade Federal de Goiás (2003). Mestrado em matemática com concentração em Probabilidade e Estatística pela Universidade Federal de Goiás (2006). Doutorado em Estatística pela Universidade de São Paulo (2011). Atualmente é professor do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Matemática, Probabilidade e Estatística com ênfase em Probabilidade e Estatística Aplicada
Publicado
16/10/2014
Seção
Artigos