Avaliações químicas e ecotoxicológicas em amostras de água antes e após serem processadas por uma Estação de Tratamento

  • Regina Teresa Rosim Monteiro Universidade de São Paulo
  • Gabriela Helena Silva Universidade de São Paulo
  • Tâmara Guindo Messias Universidade de São Paulo
  • Sonia Claudia Nascimento Queiroz Embrapa/Meio Ambiente
  • Marcia Regina Assalin Embrapa/Meio Ambiente
  • Debora Renata Cassoli Embrapa/Meio Ambiente
  • Carlos Henrique Rocha Alves Universidade de São Paulo
  • Antonio Carlos Ferreira Serviço Municipal de Água e Esgoto (SEMAE) Piracicaba
  • Christian Blaise Center Saint Laurent, Environment Canada
Palavras-chave: resíduos de herbicidas, trihalometanos, água tratada

Resumo

Avaliações físico-químicas e ecotoxicológicas foram utilizadas para avaliar a qualidade de amostras da água do rio Corumbataí, água bruta (RW), filtrada (FW) e tratada (TW), processadas pela Estação de Tratamento de Água (ETA) de Piracicaba (SP, Brasil), em 2010. Alguns resíduos de herbicidas, tais como: ametrina, atrazina, simazina e tebutiuron, foram medidos encontrando níveis entre 0,01-10,3 µg L-1 sendo esses menores do que os necessários para produzir efeitos ecotóxicos à vida aquática, com base na literatura publicada. Da mesma forma, trihalometanos, tais como: clorofórmio e bromodiclorometano produzido como resultados do processo da ETA foram também encontrados em concentrações que não prejudicam a saúde ambiental ou humana. Concentrações de cloro livre elevadas foram encontradas nas amostras de água FW e TW e foram os prováveis responsáveis pelos efeitos de toxicidade observados em algas e dáfnias (Pseudokirchneriella subcapitata, Daphnia magna). Por outro lado, resultados dos testes de toxicidade realizados com Hydra attenuata mostraram que este organismo é resistente a água clorado sendo um organismo potencial a ser utilizado para avaliações ecotoxicológicas em águas tratadas. Testes de toxicidade simultâneos com análises químicas revelaram úteis para descobrir relações de causa-efeito existentes entre supostos resultados tóxicos, físicos e químicos e, assim como na melhora de interpretação de dados de qualidade da água.

Biografia do Autor

Regina Teresa Rosim Monteiro, Universidade de São Paulo
centro de Energia Nuclear na Agricultura, Lab. de Ecologia Aplicada
Gabriela Helena Silva, Universidade de São Paulo
Centro de Energia Nuclear na Agricultura. Laboratório Ecologia Aplicada CV: http://lattes.cnpq.br/8879034214664596. Atualmente é mestranda no Centro de Energia Nuclear na Agricultura. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecotoxicologia.
Tâmara Guindo Messias, Universidade de São Paulo
Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Lab. Ecologia Aplicada. CV: http://lattes.cnpq.br/8409704508278369. Possui graduação em Ciências Habilitação em Biologia pela Universidade Metodista de Piracicaba (2004), mestrado em ciências pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura - CENA/USP (2008) e doutorado em ciências pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura - CENA/USP (2013). Atuando principalmente nos seguintes temas: Ecologia aplicada, ecotoxicologia aquática e terrestre, mutagênese, parâmetros físicos, químicos e biologicos, análises de elementos químicos, recursos hídricos, gestão ambiental e Sedimentologia fluvial.
Sonia Claudia Nascimento Queiroz, Embrapa/Meio Ambiente
Laboratório de resíduos. CV: ttp://lattes.cnpq.br/1361874284405418. Bacharel em Química (1990), Mestrado (1995) e Doutorado (2001) pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Realizou Pós-Doutorado na área de descobrimento de pesticidas naturais a partir de plantas e micro-organismos na Unidade de Pesquisas em Utilização de Produtos Naturais (NPURU) - Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). É Pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e desenvolve suas atividades na Embrapa Meio Ambiente. Tem experiência na área de Química com ênfase em Cromatografia Líquida acoplada a Espectrometria de Massas (LC-MS/MS) e Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas (GC-MS/MS), atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento e validação de métodos para determinação de resíduos e contaminantes em amostras ambientais e de alimentos, desreplicação de extratos e isolamento de substâncias bioativas de plantas e micro-organismos.
Marcia Regina Assalin, Embrapa/Meio Ambiente
Laboratório de resíduos. V: http://lattes.cnpq.br/8662973920778451. Possui graduação em Bacharelado em Química, mestrado (strictu sensu) em Saneamento e Meio Ambiente e Doutorado em Ciências pela Universidade Estadual de Campinas. Os trabalhos desenvolvidos enfocam principalmente a desinfecção de águas de abastecimeno (por meio de processos oxidativos avançados) tratamento de efluentes industriais por meio de processos químicos e biológicos de forma combinada e isolada. Atualmente é Analista A - Embrapa Meio Ambiente, Centro Nacional de Pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Governo Brasileiro, cujos trabalhos estão relacionados com desenvolvimento, otimização e validação de metodologias analíticas (cromatografia gasosa, cromatografia líquida, espectrometria de massas) aplicadas à determinação de diferentes compostos de interesse ambiental e alimentos em nível de traços.Trabalhos são também desenvolvidos na área de degradação de compostos contaminantes em água e solo por meio de processos oxidativos avançados.
Debora Renata Cassoli, Embrapa/Meio Ambiente
Laboratório de resíduo. CV: http://lattes.cnpq.br/7360065558697209. Possui Bacharelado e Licenciatura em Química pela Universidade Federal de São Carlos (1999 e 2000) , Mestrado em Química pela Universidade Federal de São Carlos (2000) e Doutorado em Química pela Universidade Federal de São Carlos (2004). Atualmente é Analista A da Embrapa Meio Ambiente, um Centro Nacional da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Governo Brasileiro. Atuou como professora titular nas Faculdades Integradas Maria Imaculada. Tem experiência na área de química analítica, atuando principalmente nos seguintes temas: eletroanalítca, instrumentações analíticas (cromatografia líquida, cromatografia gasosa, espectrometria de massas), otimizações e validações de metodologias analíticas para determinação de resíduos e contaminantes em alimentos e amostras ambientais.
Carlos Henrique Rocha Alves, Universidade de São Paulo
centro de Energia NUclear na Agricultura. Laboratório de Ecologia Aplicada. CV: http://lattes.cnpq.br/0149350861704424 Graduado em Licenciatura em Ciências Biológicas, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Atualmente mestrando do Programa de Pós-Graduação do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP), no laboratório de Ecologia Aplicada, orientado pela professora doutora Regina Teresa Rosim Monteiro, realizando as atividades referentes a esta orientação, no Laboratório de Resíduos Contaminantes, na EMBRAPA Meio Ambiente. Também atua como professor de Biolgia na Escola Estadual Padre José dos Santos.
Antonio Carlos Ferreira, Serviço Municipal de Água e Esgoto (SEMAE) Piracicaba
Chefe do Laboratório de Análises Químicas. CV: http://lattes.cnpq.br/1901474380728972 graduação em química
Christian Blaise, Center Saint Laurent, Environment Canada
Center Saint Laurent/ Aquatic Toxicology. Curriculum vitae Christian Blaise, D.Sc. Research scientist Aquatic Toxicology River Ecosystems Research Section Saint-Lawrence Centre, Environment Canada 105 McGill st., Montréal, QUE., Canada, H2Y 2E7 Tel. (514) 496-7094, Fax (514) 496-7398 e-mail: Christian.Blaise@ec.gc.ca Christian Blaise is a senior research scientist at the Saint-Lawrence Centre, Environment Canada, Québec Region, where he heads the Aquatic Toxicology Unit (ATU), River Ecosystems Research Section. He also holds an adjunct professor status at UQAR (Université du Québec à Rimouski) where he contributes to teaching and (co)directs graduate students in the field of ecotoxicology. ATU strives to develop, validate, standardize, modernize (and promote the commercialization of) bioanalytical and biomarker techniques, making use of new instrumental technologies whenever possible, in order to determine the potential (geno)toxicity of existing and new chemicals and various types of environmental matrices (e.g., effluents, sediments, pore/surface waters). ATU research output provides practical tools and approaches which facilitate decision-making for environmental management of aquatic ecosystems such as the Saint-Lawrence River. ATU also provides (inter)national technology transfer to interested professionals and agencies and promotes graduate student training by co-directing applied research projects with university collaborators. Dr. Blaise obtained university diplomas from the U. of Montréal (B.A., 1967: biology and chemistry), U. of Ottawa (B.Sc., 1970: cell biology; M.Sc., 1973: environmental microbiology) and U. of Metz, France (D.Sc., 1984: ecotoxicology). He is a member of the editorial board for the journal Environmental Toxicology, as well as for the journal Ecotoxicology and Environmental Safety, and holds membership in both the biologists’ (Association des Biologistes du Québec) and microbiologists’ (Association des Microbiologistes du Québec) associations of the province of Québec. He regularly attends and makes presentations during major venues held in the field of ecotoxicology (SETAC: Society of Environmental Toxicology and Chemistry; SECOTOX: Society of Ecotoxicology and Environmental Safety; ATW-Canada: Aquatic Toxicity Workshop-Canada; ISTA: International Symposium on Toxicity Assessment). Dr. Blaise has (co)authored over 160 scientific articles in internationally refereed journals, as well as having written several book chapters, reviews, and various government technical reports.
Process steps for the Water Treatment
Publicado
21/03/2014
Edição
v. 9 n. 1 (2014)
Seção
Artigos

Autores mantêm os direitos autorais pelo seu artigo. Entretanto, repassam direitos de primeira publicação à revista Ambiente & Água - An Interdisciplinary Journal of Applied Science. Em contrapartida, a revista pode transferir os direitos autorais, incluindo direito de enviar o trabalho para outras bases de dados ou meios de publicação. A revista exerce a licença CC BY 4.0