Geração de escoamento superficial em uma microbacia com cobertura de cana-de-açúcar e floresta ripária

  • Rafael Pires Fernandes Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP)
  • Robson Willians da Costa Silva Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP)
  • Luiz Felippe Salemi Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP)
  • Tatiana Morgan Berteli de Andrade Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP)
  • Jorge Marcos de Moraes Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP)
Palavras-chave: escorrimento superficial, biocombustíveis, zona ripária, bacia hidrográfica

Resumo

Buscando compreender a geração de escoamento superficial, processo de suma importância em relação à conservação do solo, disponibilidade de água e manejo de uma bacia hidrográfica, o presente trabalho teve como objetivo entender o processo de geração de escoamento superficial em uma microbacia com cobertura de cana-de-açúcar e floresta ripária. Para tanto, foram utilizadas nove parcelas distribuídas em três porções da vertente (inferior, intermediária e superior), sendo a porção inferior coberta por floresta ripária. A média do coeficiente de escoamento superficial ao longo da vertente no presente estudo mostrou-se superior em relação a outros estudos com diferentes usos do solo. Ademais, as lâminas obtidas sob cana-de-açúcar apresentaram valores superiores se comparados aos obtidos em floresta ripária, principalmente após o corte da soqueira. Além do tipo de cobertura do solo, outros fatores tais como as características dos eventos de precipitação, a declividade do terreno e os atributos físicos do solo, como a densidade aparente e a condutividade hidráulica em condição de saturação influenciaram a geração de escoamento superficial.

Biografia do Autor

Rafael Pires Fernandes, Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP)
Possui graduação em Gestão Ambiental pela Universidade de São Paulo - USP(2011). Mestrando em Ciências, sub-área Química na Agricultura e no Ambiente pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura - CENA, com ênfase em processos hidrológicos e transporte de nutrientes em bacias hidrográficas com diferentes tipos de cobertura
Robson Willians da Costa Silva, Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP)
Possui graduação em Engenharia Ambiental pela Escola de Engenharia de Piracicaba (2004). Mestrado em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP/Rio Claro (2008), com ênfase em Geofísica Aplicada à Meio Ambiente. Doutorando em ciências pelo CENA/USP, com ênfase em processos hidológicos e transporte de nitrogênio e carbono em bacias hidrográficas com diferentes usos do solo.
Luiz Felippe Salemi, Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP)
Bacharel em Gestão Ambiental (USP/ESALQ, 2005). Durante a graduação focou-se na área de manejo, ecologia e conservação ambiental. É mestre em Ecologia Aplicada (USP/ESALQ/CENA, 2009), estudando Hidrologia e Biogeoquímica de Microbacias Hidrográficas. Atualmente faz doutorado no CENA/USP seguindo a mesma linha de estudo do mestrado. Se interessa por assuntos relacionados ao funcionamento de ecossistemas com especial referência ao funcionamento hidrológico e biogeoquímico de microbacias hidrográficas em condições naturais ou alteradas pelo ação antrópica. Neste contexto, dedica maior atenção à microbacias cobertas por florestas tropicais (primárias e secundárias), florestas plantadas (Eucalyptus e Pinus), pastagens e culturas agrícolas (soja e cana-de-açúcar). Em adição, atua compreendendo os controles hidrológicos do ciclo do nitrogênio na escala de microbacias hidrográficas com ênfase em áreas variáveis de afluência. Tem experiência na área ambiental, especialmente em recuperação de áreas degradadas e manejo de bacias hidrográficas.
Tatiana Morgan Berteli de Andrade, Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP)
Possui graduação em Ciências Biológicas (Licenciatura e Bacharelado) pela Universidade de São Paulo (FFCLRP / USP), mestrado em Ecologia Aplicada pela Universidade de São Paulo (ESALQ-CENA / USP) e doutorado em Ciências (Química na Agricultura e no Ambiente) pela Universidade de São Paulo (CENA / USP). Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Biogeoquímica de Ecossistemas Aquáticos.
Jorge Marcos de Moraes, Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP)
Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual de Campinas (1980), mestrado em Térmica e Mecânica dos Fluidos pela Universidade Federal da Paraíba (1985), doutorado em Térmica e Mecânica dos Fluídos pela Universidade de Perpignan da Academia de Montpellier-França (1992) e pós-doutorado na área de Hidrologia pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura CENA-USP. Atualmente é professor titular da Escola de Engenharia da Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba e Professor Convidado no CENA-USP. Tem experiência na área de Fenômenos de Transporte e Hidrologia, sendo sua pesquisa direcionada para hidrologia de micro-bacias, modelagem e análise de intervenções antrópicas no ciclo hidrológico.
Publicado
19/12/2013
Seção
Artigos