Economia de água na irrigação do coqueiro em função de áreas de maior concentração do sistema radicular e cobertura do solo (doi:10.4136/ambi-agua.65)

  • Ivandelson Siqueira e Silva Free Lance
  • Carlos Alberto Vieira de Azevedo Universidade Federal de Campina Grande
  • Hugo Orlando Carvallo Guerra UFCG
  • Frederico Antônio Loureiro Soares CENTEC
  • Vera Lucia Antunes de Lima UFCG
  • José Dantas Neto UFCG
Palavras-chave: eficiência no uso da água, Cocos nucifera, área molhada

Resumo

A produção brasileira de coco não tem sido suficiente para atender a demanda do mercado interno, o que tem obrigado a importar volumes expressivos de coco seco e semi-industrializado (IBGE, 2006). Como a região Nordeste destaca-se com a maior produção e é caracterizada por uma elevada evapotranspiração e baixa precipitação, faz-se necessário otimizar a utilização da água usada na irrigação do coqueiro. Na fase de desenvolvimento do coqueiro grande parte do sistema radicular se concentra lateralmente em até 1m de raio, chegando na fase adulta a um raio de até 2 m. O cálculo do volume de água aplicado na irrigação é normalmente calculado, considerando-se a área determinada pelo espaçamento da cultura e um coeficiente de cobertura de sua copa, o que faz com que grandes volumes de água sejam aplicados. Visando economizar água, esta pesquisa teve como objetivo calcular o volume de água de irrigação utilizando ás áreas de maior adensamento do sistema radicular. Para o primeiro ano de desenvolvimento da cultura do coqueiro, foram irrigadas, no campo, 4 bacias, delimitadas por anéis de zinco com os diâmetros de 0,7; 0,8; 0,9 e 1,0 m, consideradas de maior concentração do sistema radicular, e duas condições de cobertura de solo (coberto e nu), mais uma testemunha (4 x 2 + 1), perfazendo nove tratamentos com três repetições, totalizando 27 parcelas. O cálculo do volume de água de irrigação na cultura do coqueiro, baseado nas áreas de maior concentração do sistema radicular, promoveu considerável economia de água com valores máximos e mínimos, respectivamente, de 93,95 e 87,62%, na condição de solo sem cobertura e de 96,98 e 93,81%, em solo com cobertura., em relação ao procedimento tradicionalmente utilizado. A cobertura da superfície do solo contribuiu para uma redução substancial do volume de água utilizado pelo coqueiro.

Biografia do Autor

Ivandelson Siqueira e Silva, Free Lance
Área de Engenharia de água e solo
Carlos Alberto Vieira de Azevedo, Universidade Federal de Campina Grande
Professor do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Campina Grande, atuando na área de Engenharia de água e solo nas linhas de pesquisa em: Manejo de solo, Água e planta; Monitoramento e controle da degradação ambiental; e Engenharia de irrigação e Drenagem.
Hugo Orlando Carvallo Guerra, UFCG
Professor do Departamento de Engenharia Agrícola da UFCG, atuando na área de Engenharia de água e solo.
Frederico Antônio Loureiro Soares, CENTEC
Professor do CENTEC, Sobral, CE, atuando na área de Engenharia de água e solo.
Vera Lucia Antunes de Lima, UFCG
Professora do Departamento de Engenharia Agrícola da UFCG, atuando na área de Engenharia de água e solo.
José Dantas Neto, UFCG
Professor do Departamento de Engenharia Agrícola da UFCG, atuando na área de Engenharia de água e solo.
Publicado
22/12/2008
Seção
Artigos