Caracterização geo-pedológica das áreas de nascentes na bacia hidrográfica do rio Piauitinga, Sergipe, Brasil (doi:10.4136/ambi-agua.767)

  • Leila Thais Soares Magalhães Universidade Federal de Sergipe
  • João Bosco Vasconcelos Gomes Embrapa
  • Anderson Nascimento do Vasco Universidade Federal de Sergipe
  • Antenor de Oliveira Aguiar Netto Universidade Federal de Sergipe
  • Robério Anastácio Ferreira Universidade Federal de Sergipe
Palabras clave: Solos, Recuperação de áreas degradadas, Gestão ambiental

Resumen

Os estudos para recuperação e manutenção de áreas de nascentes têm papel fundamental na conservação dos recursos hídricos. Considerando a necessidade de recuperação das áreas do entorno das nascentes da bacia hidrográfica do rio Piauitinga (Lagarto, SE), foram caracterizados os solos de diferentes tipos de nascentes para servir como referencial entre áreas degradadas e em processo de recuperação. As nascentes foram classificadas quanto à sua recarga e quanto ao seu estado de conservação. Para o estudo dos solos locais, foram selecionadas as áreas de revegetação de cada nascente. Realizou-se a caracterização geo-pedológica dos sítios de estudo pela observação da paisagem local, pela abertura de micro-trincheiras e por amostragem dos solos. Os solos foram descritos e classificados morfologicamente pelo Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Observou-se que de um total de 22 nascentes analisadas, apenas duas (9%) foram consideradas como difusas, em relação à recarga e vinte (91%) como pontuais. Em relação ao estado de conservação, cinco nascentes (22%) foram identificadas como perturbadas e as demais como degradadas (88%). Os sítios do entorno das nascentes do alto curso da bacia hidrográfica do rio Piauitinga foram distribuídos em posições erosicionais, baixadas e um único caso de sopé de encosta suave de tabuleiros costeiros. As características mais marcantes dos solos locais são o forte hidromorfismo (Gleissolos e Cambissolos gleissólicos) e, ou, o baixo grau de desenvolvimento (Cambissolos e Plintossolos, ambos com muito material esquelético, muitos com fase erodida).

Biografía del autor/a

Leila Thais Soares Magalhães, Universidade Federal de Sergipe
Possui graduação em Eng Agronômica pela Universidade Federal de Sergipe (2005), Pós-graduação (especialização) em Agricultura Familiar Camponesa e Educação no campo pela Universidade Federal da Paraíba (2007) e Mestrado em Agroecossitemas pela Universidade Federal de Sergipe (2009). Tem experiência na área de Agronomia atuando principalmente nos seguintes temas: bacias hidrográficas, diagnósticos ambientais, atributos e qualidade do solo, irrigação, drenagem, evapotranspiração de culturas e educação no campo.
João Bosco Vasconcelos Gomes, Embrapa
possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1983), mestrado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade Federal de Viçosa (1994) e doutorado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade Federal de Lavras (2002). Atualmente é da Embrapa Florestas (Colombo, PR). Tem experiência na área de solos, com ênfase em Gênese, Morfologia e Classificação dos Solos, atuando principalmente nos seguintes temas: planejamento de uso da terra, levantamento de solos, atributos de solos em estudos de qualidade ambiental e podzolização.
Anderson Nascimento do Vasco, Universidade Federal de Sergipe
Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Sergipe (2009), mestrado em Agronomia (Agroecossistemas) pela Universidade Federal de Sergipe (2011). Doutorando em andamento em Desenvolvimento e Meio Ambiente - Prodema. Tem experiência na área de Geoprocessamento, Topografia, Irrigação e agroecologia. Atuando principalmente nos seguintes temas: Recursos Hídricos e ambientais com ênfase para qualidade da água, análise quali-quantitativa de sistemas de recursos hídricos e modelagem ambiental.
Antenor de Oliveira Aguiar Netto, Universidade Federal de Sergipe
Graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal da Bahia (1989), Mestre em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Universidade Estadual Paulista (1993) e Doutor em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Universidade Estadual Paulista (1997). Pós-doutor em Engenharia Ambiental (Recursos Hídricos) pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010). Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Atuou como coordenador do curso de Engenharia Agronômica entre o ano de 1997 e 1999. Foi coordenador de pesquisa da UFS no período de 1999 a 2004. Trabalha na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Irrigação e Drenagem, atuando principalmente nos seguintes temas: manejo de irrigação, irrigação por aspersão e evapotranspiração. No campo multidisciplinar pesquisa, também, na área de Recursos hídricos: gestão e manejo de bacias hidrográficas.
Robério Anastácio Ferreira, Universidade Federal de Sergipe
Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal da Paraíba (1994), mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Lavras (1997) e doutorado em Agronomia (Fitotecnia/Sementes) pela Universidade Federal de Lavras (2002). Atualmente é Professor Efetivo Adjunto III do Departamento de Ciências Florestais e membro efetivo de dois Programas de Mestrado: NEREN - (Mestrado em Agroecossistemas) e Mestrado em Ecologia e Conservação da Universidade Federal de Sergipe. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Restauração de Matas Ciliares, atuando principalmente nos seguintes temas: restauração, matas ciliares, áreas degradadas, espécies florestais (produção de sementes e de mudas), conservação da biodiversidade, arborização urbana e paisagismo. É líder do Grupo de Pesquisas "Grupo Restauração" - site: www.gruporestauracao.com.br.
Publicado
27/04/2012
Sección
Articulos