Ocorrência e remoção de estrogênios por processos de tratamento biológico de esgotos

  • Danieli Lima da Cunha Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil. Departamento de Geologia
  • Lícia Murito de Paula Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental
  • Samuel Muylaert Camargo da Silva Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Programa de Pós-Graduação em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos
  • Daniele Maia Bila Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil Departamento de Engenharia Sanitária e do Meio Ambiente
  • Estefan Monteiro da Fonseca Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil. Departamento de Geologia
  • Jaime Lopes da Mota Oliveira Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental
Palabras clave: estrogênios em esgoto, remoção, tratamento biológico.

Resumen

Os estrogênios são micropoluentes capazes de causar alterações no sistema endócrino de organismos aquáticos. Uma das principais fontes da sua introdução no meio hídrico é através do lançamento de esgotos domésticos. Este artigo apresenta uma revisão sobre a ocorrência dos estrogênios estrona, estradiol, estriol e etinilestradiol em esgotos brutos e tratados e em águas superficiais, bem como sobre sua remoção por diferentes processos de tratamento biológico de esgoto. Os poucos trabalhos realizados no Brasil mostram que a concentração desses compostos nestas matrizes é expressiva. Além disso, foi observado um decaimento nas concentrações desses estrogênios do esgoto bruto ao tratado. Os sistemas aeróbios, como lodos ativados, mostraram melhor desempenho na remoção de estrogênios, sobretudo por meio da sorção ao lodo. No entanto, pouco se sabe sobre os mecanismos de degradação de tais compostos nestes processos e sobre o comportamento de seus conjugados. Portanto, os processos de tratamento biológico de esgoto representam uma barreira à introdução de estrogênios nos corpos hídricos.


Publicado
22/02/2017
Sección
Articulos