Estrutura da vegetação herbácea em paisagens ciliares no sul de Santa Catarina, Brasil

  • Aline Votri Guislon Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC
  • Karoline Ceron Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC
  • Guilherme Alves Elias Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC
  • Robson Santos Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC
  • Vanilde Citadini-Zanette Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC
Palabras clave: bibliometria, biodiversidade, fitossociologia, florística, Mata Atlântica.

Resumen

As características estruturais e ecológicas da vegetação herbácea fazem com que ela seja sensível às alterações do ambiente, atuando como indicador da qualidade ambiental. No entanto, o estudo dessa comunidade ainda é incipiente em regiões neotropicais. Este estudo descreve a florística e os aspectos fitossociológicos da vegetação herbácea terrícola na mata ciliar de sete rios, no município de Urussanga, sul do estado de Santa Catarina, além de analisar e quantificar o status do conhecimento científico relacionado às herbáceas terrícolas no Brasil. Foram levantadas 320 unidades amostrais de 4 m², nas quais todos os indivíduos foram identificados e dados relacionados aos parâmetros fitossociológicos foram coletados. A amostragem resultou em 58 táxons, 38 pertencentes às angiospermas e 20 às samambaias, distribuídos em 25 famílias botânicas. Poaceae apresentou maior riqueza, com 11 espécies. Estruturalmente, destacaram-se Goeppertia monophylla (Vell.) Borchs. e S. Suárez, Blechnum brasiliense Desv. e Heliconia farinosa Raddi. A forma de vida mais frequente foi a hemicriptófita reptante. Os resultados revelam uma elevada riqueza de herbáceas terrícolas adaptadas às condições climáticas das matas ciliares, contribuindo para a diversidade da flora regional. Quanto à produção científica, foram encontrados 50 trabalhos indexados nas bases de dados eletrônicas (1990 a 2015), com destaque ao ano de 2011, que teve maior produção científica enfocando as herbáceas terrícolas. Embora com baixo número, a quantidade de indexações tende a crescer, em virtude do avanço da tecnologia de acesso às bases de dados e pela crescente adesão de periódicos em portais de busca.


Biografía del autor/a

Aline Votri Guislon, Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC
Atualmente é mestranda em Ciências Ambientais pela Universidade do Extremo Sul Catarinense. Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (2014). Tem experiência na área de Botânica.
Karoline Ceron, Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC
Atualmente é mestranda em Ciências Ambientais pela Universidade do Extremo Sul Catarinense e bolsista do Laboratório de Ecologia de Paisagem e de Vertebrados. Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (2013). Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Herpetologia
Guilherme Alves Elias, Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (2010) e mestrado em Ciências Ambientais pela mesma Universidade (2013). Atualmente é Doutorando em Ciências Ambientais pela Universidade do Extremo Sul Catarinense. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Botânica, com ênfase em Biologia de Palmeiras (Arecaceae) e Planejamento urbano (Arborização de cidades e espaços públicos).
Robson Santos, Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (1984), graduação em Química Industrial pela Universidade do Sul de Santa Catarina (1990), mestrado em Microbiologia Agrícola e do Ambiente pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1997) e doutorado em Engenharia Mineral pela Universidade de São Paulo (2003). Atualmente é professor adjunto da Universidade do Extremo Sul Catarinense. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Florística e Ecologia de Florestas, atuando principalmente nos seguintes temas: recuperação de ambientes alterados, floresta atlantica e restinga.
Vanilde Citadini-Zanette, Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (1973), Mestrado em Botânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1979), Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (1995) e Pós-Doutorado com ênfase em Produtos Florestais não Madeiráveis na Royal Roads University, Victória, Canadá. Atualmente é professor titular da Universidade do Extremo Sul Catarinense. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Taxonomia Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: Florística e Fitossociologia de Florestas, Monitoramento, Recuperação de Áreas Degradadas e Etnobotânica (plantas medicinais).
Publicado
23/06/2016
Sección
Articulos