Simulação numérica da dispersão do sulfeto de hidrogênio emitido por um reator UASB para tratamento de esgoto doméstico

  • Matheus Ribeiro Augusto Universidade de São Paulo, Escola Politécnica, (USP), São Paulo, SP, Brasil. Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental
  • Herlane Costa Calheiros Universidade de São Paulo, Escola Politécnica, (USP), São Paulo, SP, Brasil. Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental
  • Vanessa Silveira Barreto Carvalho Universidade de São Paulo, Escola Politécnica, (USP), São Paulo, SP, Brasil. Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental
Palabras clave: AERMOD, dispersão atmosférica, H2S, odor.

Resumen

O tratamento anaeróbio de águas residuárias pode produzir elevadas concentrações de sulfeto de hidrogênio (H2S), substância que apresenta forte odor, além de ser corrosivo e tóxico. Alguns dos métodos existentes para o controle do H2S demandam elevado custo de implantação e operação e, portanto, não são adotados. Dessa forma, o planejamento adequado da instalação de uma estação de tratamento de esgoto (ETE) pode auxiliar na prevenção do impacto e de possíveis problemas com a população. Modelos matemáticos de dispersão atmosférica podem ser aplicados previamente para verificar o alcance do poluente e, portanto, subsidiar a definição do local mais adequado para instalação de uma ETE. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi analisar a dispersão atmosférica do H2S proveniente de uma unidade anaeróbia de tratamento de águas residuárias localizada em um bairro rural do município de Itajubá, MG, Brasil. Para isso, foi aplicado o modelo gaussiano AERMOD utilizando-se dados reais da taxa de emissão do poluente no reator anaeróbio, além de informações meteorológicas e geofísicas (relevo e uso do solo). Como resultado das simulações verificou-se que a pluma de odor foi orientada pelo relevo e se concentrou nas proximidades da unidade de tratamento, limitando o impacto ao bairro rural. O vento também exerceu influência direta na orientação do H2S para o período 1. No entanto, para o período 2, não se verificou a mesma tendência. Dessa maneira, constatou-se que a análise de características meteorológicas (principalmente a direção predominante dos ventos) e geofísicas da região e a aplicação de modelos matemáticos podem auxiliar na escolha do local mais adequado para a instalação de uma ETE.


Biografía del autor/a

Matheus Ribeiro Augusto, Universidade de São Paulo, Escola Politécnica, (USP), São Paulo, SP, Brasil. Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental
Possui graduação em Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia e Engenharia Ambiental, ambas pela Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG). Possui Mestrado em Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI). Tem experiência com tratamento de águas residuárias, modelos de emissão de gases odorantes em sistemas de esgotamento sanitário e modelos gaussianos de dispersão atmosférica (AERMOD).
Herlane Costa Calheiros, Universidade de São Paulo, Escola Politécnica, (USP), São Paulo, SP, Brasil. Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental
Prof. Dra. Herlane concluiu o doutorado em engenharia civil (hidráulica e saneamento) pela escola de engenharia de São Carlos - USP - em 2003. Atualmente é professora associada da universidade federal de Itajubá. Coordenadora do grupo de pesquisa e estudos em saneamento da UNIFEI. Atua nas áreas de engenharia civil e engenharia sanitária, com ênfase em saneamento ambiental (controle de odores, conservação e reuso de água, contenção e aproveitamento de águas meteóricas, tratamento de águas e águas residuárias, oxidaçaão de matéria orgânica, resíduos sólidos domiciliares).
Vanessa Silveira Barreto Carvalho, Universidade de São Paulo, Escola Politécnica, (USP), São Paulo, SP, Brasil. Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental
É Professora Adjunto III do Instituto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajubá. Possui graduação em Meteorologia pela UFRJ (2004), mestrado em Engenharia Mecânica (com ênfase em Ciências Atmosféricas pela COPPE/UFRJ - 2006) e doutorado em Meteorologia pela Universidade de São Paulo (2010). Tem experiência na área de Geociências, atuando principalmente nos seguintes temas: qualidade do ar, monitoramento ambiental e modelagem atmosférica.
Publicado
22/02/2017
Sección
Articulos