Avaliação bacteriológica e físico-química de águas de irrigação, solo e alface (Lactuca sativa L.)

  • Karine Scherer Centro Universitário UNIVATES
  • Camille Eichelberger Granada Centro Universitário UNIVATES
  • Simone Stülp Centro Universitário UNIVATES
  • Raul Antonio Sperotto Centro Universitário UNIVATES
Palabras clave: hortaliças, micro-organismos, parâmetros físico-químicos.

Resumen

A contaminação de hortaliças por micro-organismos patogênicos está diretamente relacionada com a qualidade das águas de irrigação utilizadas na agricultura e com o solo onde se encontram. Com o objetivo de se verificar as condições empregadas na produção de alface (Lactuca sativa L.) em três pequenas propriedades do interior do Rio Grande do Sul (Brasil), foram avaliadas a condição físico-química das águas de irrigação, e a condição microbiológica das águas, solo e folhas de alface. As análises bacteriológicas das águas de irrigação, hortaliças e do solo foram realizadas usando a técnica dos tubos múltiplos ou por contagem em placa, e levou em conta os coliformes totais, coliformes termotolerantes, e presença ou ausência de Escherichia coli, Salmonella sp. e Listeria sp.. As análises físico-químicas realizadas nas águas de irrigação foram pH, turbidez, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, carbono orgânico total e nitrogênio total. As análises bacteriológicas nas águas de irrigação indicaram a ausência de Salmonella sp. e Listeria sp.. Entretanto, foi detectada a presença de E. coli e valores acima do permitido pela legislação para coliformes termotolerantes. Desta forma, estas águas se encontram fora dos padrões estabelecidos pela Resolução CONAMA n° 357. A pesquisa também mostrou a presença de E. coli, Salmonella sp. e Listeria sp. nas hortaliças irrigadas, sugerindo que a fonte de contaminação por Salmonella sp. e Listeria sp. deve ser a partir do solo, e não a partir da água de irrigação. Os dados físico-químicos mostraram que apenas uma das propriedades analisadas apresentou todos os parâmetros adequados, segundo a legislação vigente para águas doces de classe 1. Portanto, apenas uma das propriedades apresentou condições físico-químicas para ser utilizada na irrigação de alface, embora nenhuma tenha apresentado condições higiênico-sanitárias para tal uso.


Biografía del autor/a

Karine Scherer, Centro Universitário UNIVATES
Possui graduação em Ciências Biológicas - Licenciatura, pelo Centro Universitário Univates (2010). Pós-graduada em Bases Ecológicas para a Gestão Ambiental - Ênfase em Licenciamento Ambiental (2013). Mestranda em Biotecnologia pelo Centro Universitário Univates, tendo como foco, a área de concentração em Biotecnologia na Produção Primária de Alimentos. Contemplada com bolsa taxa CAPES/PROSUP. Possui experiência na área de Microbiologia de Alimentos.
Camille Eichelberger Granada, Centro Universitário UNIVATES
Possui graduação em Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (2007) e mestrado em Microbiologia Agrícola e do Ambiente pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2010) e doutorado em Genética e Biologia Molecular. (UFRGS). Tem experiência na área de Microbiologia e biologia molecular.
Simone Stülp, Centro Universitário UNIVATES
Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal de Santa Maria (1996), mestrado em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais - Departamento de Materiais (1998) e doutorado em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002). Atualmente é professor titular do Centro Universitário Univates. Atuou na área de gestão universitária, foi Pró-Reitora de Pesquisa, Extensão e Pós Graduação da Univates (2005-2008), vinculada principalmente a temas ligados à pesquisa e inovação tecnológica. Atualmente é coordenadora científica do Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari - TECNOVATES. Tem experiência na área de Química Ambiental e Engenharia de Materiais, com ênfase em Eletroanalítica, atuando principalmente nos seguintes temas: eletroquímica, radiação UV, análise de degradação de compostos orgânicos, tratamento de efluentes de indústria alimentícia, curtumes e tingimento de gemas. Ainda, atualmente é membro do Conselho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul - Fapergs (2014-2019).
Raul Antonio Sperotto, Centro Universitário UNIVATES
possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003), mestrado (2006) e doutorado (2010) em Biologia Celular e Molecular e pós-doutorado (2011) em Botânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é professor adjunto do Centro Universitário UNIVATES. Tem experiência na área de Genética, Biologia Molecular e Fisiologia Vegetal, atuando principalmente com homeostase de metais, biofortificação e tolerância a estresses abióticos e bióticos em arroz.
Publicado
23/06/2016
Sección
Articulos