Estrutura comunitária de samambaias em mata ciliar: avaliação em gradiente de antropização

  • Ivanete Teresinha Mallmann FEEVALE
  • Vinícius Leão da Silva FEEVALE
  • Jairo Lizandro Schmitt FEEVALE
Palabras clave: bioindicadores, fitossociologia, fragmentação, Sul do Brasil, urbanização.

Resumen

As matas ciliares são essenciais para a manutenção da biodiversidade e apresentam condições ecológicas favoráveis para o desenvolvimento de samambaias que são indicadoras de qualidade ambiental. Entretanto, essas matas vêm sofrendo impactos negativos relacionados principalmente à alta densidade demográfica, ao modelo de ocupação urbana e à expansão agrícola em áreas rurais. Neste trabalho, a qualidade ambiental da mata ciliar do rio Cadeia no Sul do Brasil foi avaliada utilizando parâmetros fitossociológicos da comunidade de samambaias do sub-bosque e o Protocolo de Avaliação Rápida da Qualidade de Hábitat (PARH). Foram alocadas 120 parcelas de 25 m2 distribuídas equitativamente entre três fragmentos (FI, FII, FIII). Foram inventariadas todas as espécies de samambaias herbáceas em cada unidade amostral. Para a análise da estrutura comunitária foram calculados os parâmetros de densidade, frequência, dominância relativa e o valor de importância da espécie (VI). A menor riqueza de espécies foi registrada no FIII (sete espécies). A composição florística é mais heterogênea e a riqueza é maior no FI no qual as parcelas apresentaram cobertura de plantas e a nota do PARH mais elevadas. A pontuação do PARH diminuiu com o aumento do grau de urbanização da matriz do entorno e os FI e FII foram classificados como naturais enquanto que o FIII como impactado. Considerando as quatro espécies com maior VI nos três fragmentos (que somam 69,11% do VI no FI, 78,36% no FII e 91,06% no FIII) pode-se afirmar que a estrutura comunitária de samambaias sofre uma simplificação com o aumento da antropização.

Biografía del autor/a

Ivanete Teresinha Mallmann, FEEVALE
Possui graduação em Ciências Biológicas - Licenciatura Plena pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2002) e Bacharelado (2003), pós-graduação - Especialização em Diagnóstico e Planejamento Ambiental pela Universidade de Caxias do Sul (2004), Mestrado em Qualidade Ambiental pela Feevale (2009). É bolsista Capes, doutoranda em Qualidade Ambiental pala Universidade Feevale.
Vinícius Leão da Silva, FEEVALE
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2010). Mestre em Qualidade Ambiental pela Universidade FEEVALE (2013). Atualmente é Bolsista Capes, Doutorando em Qualidade Ambiental pala Universidade Feevale. Tem experiência na área de Botânica Geral, com ênfase em Taxonomia, Efeito de Borda/Qualidade Ambiental e Ecologia de Samambaias e Licófitas, atuando principalmente nos seguintes temas: Sul do Brasil, Taxonomia e Ecologia de Samambaias e Licófitas.
Jairo Lizandro Schmitt, FEEVALE
Doutor em Botânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; professor titular e docente permanente do PPG em Qualidade Ambiental (nota 5) e do Curso de Ciências Biológicas, da Universidade Feevale. Coordenador Adjunto de Mestrado Profissional para a Área de Ciências Ambientais da Capes. É membro da Comissão Interna de Bolsas PROBIC/CNPq, do Conselho Consultivo da Floresta Nacional de Canela e de São Francisco de Paula (RS). Líder do grupo de pesquisa ?Indicadores de Qualidade Ambiental? e orientador de projetos de pesquisa de discentes de doutorado, mestrado e iniciação científica voltados à avaliação da influência do meio físico e antrópico sobre a biodiversidade vegetal.
Publicado
20/01/2016
Sección
Articulos