Redundância entre métricas da qualidade ambiental de riachos em paisagem agrícola

  • Marcel Okamoto Tanaka Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Ciências Ambientais (DCAm), São Carlos, SP, Brasil
  • Andréa Lúcia Teixeira de Souza Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Ciências Ambientais (DCAm), São Carlos, SP, Brasil
  • Alexandre Kannebley de Oliveira Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Ciências Ambientais (DCAm), São Carlos, SP, Brasil
  • Luiz Eduardo Moschini Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Ciências Ambientais (DCAm), São Carlos, SP, Brasil
Palabras clave: biomonitoramento, estrutura de florestas ripárias, macroinvertebrados, peixes, uso e cobertura do solo

Resumen

Indicadores ambientais são amplamente usados para avaliação da qualidade dos corpos d’água. Como o monitoramento envolve alto custo de amostragem, e a construção de índices multimétricos pressupõe métricas não correlacionadas, este estudo avaliou se havia correlação entre métricas que caracterizam o uso e cobertura do solo, composição da zona ripária e estrutura da floresta, bem como correlações entre indicadores das comunidades de macroinvertebrados e peixes. O estudo foi feito em 12 afluentes de baixa ordem dos rios Jacaré-Pepira e Jacaré-Guaçu, formando um gradiente de estresse ambiental no estado de São Paulo. Não houve correlação entre as métricas relacionadas ao uso e cobertura do solo, e apenas a proporção de pastos foi negativamente correlacionada com algumas métricas da estrutura da floresta ripária. Assim, tanto as informações do uso e cobertura do solo quanto sobre a composição da zona ripária e estrutura das florestas podem ser importantes na avaliação ambiental de riachos. As métricas relacionadas às comunidades de macroinvertebrados foram correlacionadas entre si, assim como a maioria das métricas relacionadas às comunidades de peixes. Estudos propondo índices multimétricos não encontraram correlação entre estas variáveis, mas avaliaram riachos em situações extremas (preservados vs. impactados), sendo os riachos impactados influenciados por diferentes condutores de degradação, o que pode resultar em respostas distintas das comunidades biológicas. Os resultados deste estudo sugerem que o desenvolvimento de índices deve ser bastante específico para cada região estudada, e que muitas vezes as avaliações são feitas em relação a condutores de impactos específicos, que podem variar entre diferentes sistemas.

Biografía del autor/a

Marcel Okamoto Tanaka, Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Ciências Ambientais (DCAm), São Carlos, SP, Brasil
Atualmente é professor associado do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) e docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade Federal de São Carlos. Tem experiência na área de Ecologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Estrutura de Comunidades, Funcionamento de Ecossistemas e Monitoramento Ambiental.
Andréa Lúcia Teixeira de Souza, Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Ciências Ambientais (DCAm), São Carlos, SP, Brasil
Atualmente é professora adjunto da Universidade Federal de São Carlos e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (mestrado e doutorado). Atua na área de Ecologia de populações de plantas, ecologia aplicada a restauração de areas degradadas e ecologia de ecossistemas ripários.
Alexandre Kannebley de Oliveira, Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Ciências Ambientais (DCAm), São Carlos, SP, Brasil
Tem experiência na área de Ecologia e Zoologia, com ênfase em Ictiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: diversidade e biologia de peixes de água doce da região Neotropical.
Luiz Eduardo Moschini, Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Ciências Ambientais (DCAm), São Carlos, SP, Brasil
Possui graduação em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário de Araraquara (2003), mestrado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (2005) e doutorado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (2008). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de São Carlos. Tem experiência na área de Ecologia e Ciências Ambientais, atuando principalmente nos seguintes temas: planejamento ambiental, ecologia da paisagem, sistemas de informações geográficas (SIGs), conservação da biodiversidade e gestão ambiental. Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (Mestrado e Doutorado) e do Programa de Pós-Graduação em Conservação da Fauna (Mestrado Profissional).
Publicado
20/10/2015
Sección
Articulos