Avaliação da toxicidade da salinidade na nitrificação biológica de efluentes utilizando a técnica de respirometria

  • Alyne Moraes Costa Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Juacyara Carbonelli Campos Universidade Federal do Rio de Janeiro
Palabras clave: efluentes salinos, lodos ativados, efeito tóxico

Resumen

A nitrificação biológica em meio salino foi investigada em sistema contínuo, a partir de um efluente sintético contendo 152,44 mg L-1 de nitrogênio amoniacal total. Os testes com adição de concentrações crescentes de sal (100, 250, 500, 1.000, 2.000, 4.000, 8.000, 10.000 e 15.000 mg Cl- L-1) foram realizados em um biorreator em escala de laboratório de 5,7 L. Neste estudo, o objetivo foi avaliar a resposta da técnica de respirometria na identificação da toxicidade da biomassa nitrificante em diferentes concentrações salinas. Durante o período experimental, o biorreator operou com o tempo de retenção hidráulica de 48h e valores de OD, pH e temperatura foram mantidos em 4,0-5,0 mg L-1, 7,5 e 25°-30°C, respectivamente. Os ensaios de respirometria foram realizados em triplicata, com a utilização da sonda de oxigênio dissolvido. Os resultados da respirometria constataram que ambas as taxas de consumo de oxigênio (OUR) e de consumo especifico de oxigênio (SOUR) aumentaram até a concentração de 1.000 mg Cl- L-1, quando o máximo de eficiência de nitrificação de 65,18% foi obtida com aproximadamente 90 dias de operação do sistema. No entanto, o aumento gradual a partir de 2.000 mg Cl- L-1, resultou na queda dos valores de consumo de oxigênio, ocorrendo consequentemente a redução da atividade metabólica da biomassa, verificada com a redução dos valores de eficiência de nitrificação. Estes resultados evidenciam que a técnica de respirometria apresentou-se como uma ferramenta eficaz e segura para avaliação da toxicidade da biomassa do lodo ativado, sendo capaz de detectar a queda da atividade celular na presença de inibidores, como elevadas concentrações de salinidade.

Biografía del autor/a

Alyne Moraes Costa, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Laboratório de Tratamento de Águas e Reúso de Efluentes, Escola de Química, UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil.
Juacyara Carbonelli Campos, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Departamento de Processos Inorgânicos, Escola de Química, UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil.
Publicado
23/06/2015
Sección
Articulos