Avaliação do comportamento da umidade do solo em áreas de eucalipto e de floresta nativa

  • Geberson Ricardo de Paula Universidade de Taubaté
  • Getulio Teixeira Batista Universidade de Taubaté - UNITAU
  • Marcelo dos Santos Targa Universidade de Taubaté (UNITAU), Brasil
  • Claudinei Fonseca Souza Universidade Federal de São Carlos – UFScar
  • Nelson Wellausen Dias Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE)
  • José Geanini Peres Universidade Federal de São Carlos – UFScar
Palabras clave: Una, sensor de umidade, infiltração, escoamento superficial

Resumen

Áreas ocupadas com pastagem vêm sendo substituídas por plantações de eucalipto, o que modifica a paisagem, a economia regional, e a dinâmica da água nos solos. Assim, o presente trabalho teve por objetivo avaliar o comportamento da água em Latossolo Vermelho-Amarelo em duas coberturas vegetais, uma plantação de eucalipto, de seis anos de idade, e uma floresta nativa, em processo de regeneração há vinte anos. O estudo foi desenvolvido na bacia hidrográfica do rio Una, no período de junho de 2009 a abril de 2011. Foram instalados 96 sensores de umidade (Watermark™), nas profundidades de 20, 60, e 120 cm. Foi observado que, quando da ocorrência de precipitação pluvial, as camadas superficial e intermediária tiveram a umidade aumentada, o mesmo não ocorrendo na camada mais profunda. Verificou-se que houve diferença entre a umidade do solo medida nas áreas de eucalipto e de floresta nativa e que em todo o período estudado a umidade se manteve entre a Capacidade de Campo e o Ponto de Murchamento Permanente, não havendo restrição de água. A temperatura da copa do eucalipto se manteve mais baixa, indicando que nele a taxa de evapotranspiração foi maior. As diferenças na umidade podem ser explicadas pela diferença entre as propriedades físicas dos solos nas áreas estudadas, pois embora elas tenham a mesma inclinação, recebam mesma insolação e estejam próximas uma da outra, o solo coberto com eucalipto apresentou uma Capacidade de Armazenamento de Água 63% superior à área com floresta nativa. Foi também observado que toda precipitação pluvial que atingiu a superfície do solo, nele infiltrou, não tendo ocorrido escoamento superficial em nenhuma das duas áreas estudadas. Concluiu-se que os resultados desta pesquisa fornecem indícios importantes sobre diferenças no comportamento da água no solo em áreas cobertas com floresta nativa e Eucalyptus e por essa razão, sugerem-se novos estudos com maior abrangência geográfica, em áreas pareadas com diferentes declividades, faceamentos e tipos de solo.

Biografía del autor/a

Getulio Teixeira Batista, Universidade de Taubaté - UNITAU
Departamento de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, universidade de Taubaté
Marcelo dos Santos Targa, Universidade de Taubaté (UNITAU), Brasil
Graduado em Agronomia pela Universidade de Taubaté (1985), concluiu o Mestrado em Agronomia (Energia na Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, em 1991 e o Doutorado em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP), em 1997. Concluiu também uma Especialização em Engenharia de Recursos Hídricos pela Universidade de Taubaté, em 1992. Chefe do Departamento de Ciências Agrárias da UNITAU no período de 1999 a 2003 e Membro efetivo do Conselho Universitário da UNITAU no período de 2004 a 2006. Como Professor Assistente Doutor da Universidade de Taubaté, lecionou na Graduação em Agronomia da UNITAU as disciplinas Hidráulica, Irrigação e Drenagem; Hidrologia e Manejo de Bacias Hidrográficas e Legislação Agrícola e no Mestrado, a disciplina Hidrologia de Superfície. Com experiência na área de Agronomia, tem coordenado vários projetos na área de bacias hidrográficas com recursos do FEHIDRO - SP e do CNPq/CT-HIDRO. Atualmente coordena o Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade de Taubaté (PPGCA-UNITAU).
Claudinei Fonseca Souza, Universidade Federal de São Carlos – UFScar
Universidade Federal de São Carlos – UFScar
Nelson Wellausen Dias, Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE)
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE)
José Geanini Peres, Universidade Federal de São Carlos – UFScar
Universidade Federal de São Carlos – UFScar
Publicado
20/08/2014
Sección
Special