Principais usos da água do rio Sanhauá na área de influência do antigo lixão do Roger: proposta de revisão de enquadramento do rio (doi:10.4136/ambi-agua.67)

  • Gilson Barbosa Athayde Júnior UFPB
  • Claudia Coutinho Nóbrega UFPB
  • Carmem Lúcia Moreira Gadelha UFPB
  • Natalia Cibely Bezerra Santana UFPB
  • Magdalena Duarte Costa UFPB
Palabras clave: usos da água, rio Sanhauá, antigo lixão do Roger, João Pessoa

Resumen

Verificaram-se os principais usos das águas do rio Sanhauá nas proximidades do antigo lixão do Roger, em João Pessoa. As visitas ao local foram realizadas em março, agosto e novembro de 2006 e fevereiro, maio e agosto de 2007. Foram identificadas atividades, como pesca, exploração de crustáceos e mariscos, navegação, recreação de contato primário, lançamento de esgoto, disposição de resíduos sólidos e dispersão do chorume gerado no antigo lixão. Dos entrevistados, 50,2% declararam que utilizam o rio Sanhauá para pesca ou coleta de mariscos ou captura de crustáceos, 45,8% responderam que utilizam o rio para recreação de contato primário, contato secundário ou navegação, 93,1% dos entrevistados responderam que o seu domicílio não é atendido por serviço público de esgotamento sanitário e com isso o destino final dos esgotos é o rio Sanhauá, e 46,6% declararam que têm conhecimento de disposição de resíduos sólidos no rio, apesar de 100% dos domicílios serem atendidos por serviço de coleta de lixo. Segundo esses usos, a Resolução CONAMA Nº 357/2005 e a salinidade da água, o enquadramento do rio Sanhauá seria de água salobra classe 1, mas atualmente ele é enquadrado na classe 3 de água doce. O monitoramento da qualidade da água mostrou que os padrões de qualidade estão em desacordo com a classe 1 para águas salobras, fazendo-se necessário por parte do poder público a adoção de medidas no sentido de compatibilizar os usos existentes com a qualidade da água do rio ou a revisão do enquadramento do corpo aquático.

Biografía del autor/a

Gilson Barbosa Athayde Júnior, UFPB
Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba (1995) e doutorado em Engenharia Civil - University of Leeds - Inglaterra (1999). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal da Paraíba. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em Lagoas e Reservatorios de Estabilizacao, atuando principalmente nos seguintes temas: resíduos sólidos, lagoas de estabilizacao, celulose, coliformes fecais, tratamento de esgotos, controle da poluição. Departamento de Engenharia Civil Doutor em Engenharia Sanitaria
Claudia Coutinho Nóbrega, UFPB
Engenheira Civil pela Universidade Federal da Paraíba, Doutora em Recursos Naturais pela Universidade de Campina Grande. Professora do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Centro de Tecnologia, Universidade Federal da Paraíba
Carmem Lúcia Moreira Gadelha, UFPB
Engenheira Civil pela Universidade Federal da Paraíba, Doutora em Engenharia Sanitária pela Universidade de São Paulo. Professora do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Centro de Tecnologia, Universidade Federal da Paraíba
Natalia Cibely Bezerra Santana, UFPB
Graduanda em Engenharia Civil na Universidade Federal da Paraíba. Bolsista de Iniciação científica CNPq/UFPB
Magdalena Duarte Costa, UFPB
Engenheira Civil pela Universidade Federal da Paraíba, Mestranda em Engenharia Urbana pela Universidade Federal da Paraíba. Bolsista CT-Hidro – CNPq
Publicado
22/12/2008
Sección
Articulos