Ecotoxicidade de efluentes brutos e tratados gerados por uma fábrica de medicamentos veterinários

  • Bianca de Souza Maselli Universidade Federal de Alfenas - Alfenas, MG
  • Luis Augusto Visani de Luna Universidade Estadual de Campinas - Limeira
  • Joice de Oliveira Palmeira Universidade Federal de Alfenas - Alfenas, MG
  • Sandro Babosa Universidade Federal de Alfenas - Alfenas, MG
  • Luiz Alberto Beijo Universidade Federal de Alfenas - Alfenas, MG
  • Gisela de Aragão Umbuzeiro Universidade Estadual de Campinas - Limeira
  • Fábio Kummrow Universidade Federal de São Paulo
Palabras clave: Fármacos veterinários, efluentes industriais, avaliação ecotoxicológica

Resumen

Efluentes de indústrias farmacêuticas veterinárias, que formulam medicamentos, são gerados principalmente durante a lavagem dos equipamentos. O objetivo desse trabalho foi avaliar a toxicidade aguda para Daphnia similis e crônica para Ceriodaphnia dubia, dos efluentes brutos e tratados gerados por uma indústria farmacêutica veterinária. O sistema de tratamento de efluentes usado é composto por uma etapa de tratamento químico (coagulação-sedimentação forçada) seguida do tratamento biológico aeróbio (processo de lodos ativados). Foram realizadas 5 campanhas de amostragens entre outubro de 2011 e julho de 2012. As amostras de efluentes brutos apresentaram elevada toxicidade aguda e crônica (aguda: quarta campanha com CE50 - 48-h de <0,001% e crônica: terceira campanha com CI50 – 7 d <0,0001%). As amostras de efluentes tratados quimicamente foram as mais tóxicas com CE50 - 48-h entre <0,001 e 0,1% e CI50 - 7-d entre 0,00001 e 0,0001%, provavelmente relacionada ao uso de sulfato de alumínio como agente floculante. O tratamento biológico levou a uma pequena diminuição da toxicidade dos efluentes. Os testes ecotoxicológicos foram adequados para detectar a toxicidade dos efluentes e úteis para avaliar a eficiência das etapas do tratamento. Melhorias no sistema de tratamento de efluentes da indústria estudada deveriam ser implementadas visando à redução da toxicidade observada nos efluentes finais.

Biografía del autor/a

Bianca de Souza Maselli, Universidade Federal de Alfenas - Alfenas, MG
Graduada em Ciências Biológicas Bacharelado pelo Centro Universitário de Lavras (2009). Tem experiência em Zoologia com ênfase em Herpetologia atuando nos seguintes temas: Répteis, Squamata, morfologia, morfometria, merística, conservação, coleção herpetológica, Minas Gerais. Experiência também em atividades laboratoriais em biologia geral e morfologia. Atualmente está matriculada como aluna especial no Programa de Pó-graduação em Ecologia e Tecnologia Ambiental pela Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL-MG, onde também está adquirindo treinamento e amadurecimento na área de Ecotoxicologia.
Luis Augusto Visani de Luna, Universidade Estadual de Campinas - Limeira
Mestre em Tecnologia e Inovação pela FT/UNICAMP e ex-aluno do Laboratório de Ecotoxicologia e Microbiologia Ambiental (LEAL). Graduado no curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV/UNESP), ex-aluno do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais em Matologia (NEPEAM) localizado na mesma universidade. Atualmente é aluno do Laboratório de Química do Estado Sólido (LQES) do Instituto de Química da UNICAMP. Tem experiência na área de Ecotoxicologia e Tratamento de Efluentes. Pesquisa atual: toxicologia de nanomateriais.
Joice de Oliveira Palmeira, Universidade Federal de Alfenas - Alfenas, MG
Graduada em Ciências Biológicas Bacharelado pela Universidade Federal de Alfenas -UNIFAL. Estagiária no Laboratório de Biotecnologia Ambiental e Genotoxicidade, experiência na área de Genética, com ênfase em Genética Vegetal. Pesquisadora financiada pela CNPQ - PIBIC de 2011 a 2012, com experiência na área de ecotoxicologia e análises de amostras ambientais. Graduanda do 7º período de Administração na Universidade José do Rosário Velano - campus Alfenas, desenvolvendo durante a graduação a prestação de consultoria, elaboração de planos de negócios e organização de eventos.
Sandro Babosa, Universidade Federal de Alfenas - Alfenas, MG
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Juiz de Fora, Mestrado e Doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas e Pós-doutorado em Fisiologia Vegetal pela Universidade Federal de Lavras. Atualmente é Professor Adjunto - Nível IV, lotado no Instituto de Ciências da Natureza da Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL-MG. É Professor permanente e Coordenador do Programa de Pós-graduação em Ecologia e Tecnologia ambiental. Lider do Grupo de Pesquisa - Ciências e Tecnologias ambientais aplicadas-CiTAA. Tem experiência em Alelopatia, Citogenotoxicidade, Cultura de tecidos e Morfofisiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: 1) Citogenética e micropropagação de plantas com potencialidades medicinais. 2) Alelopatia e efeito biológico de princípios bioativos de plantas medicinais em bioensaios. 3) Citogenotoxicidade e atividade biológica de amostras ambientais.
Luiz Alberto Beijo, Universidade Federal de Alfenas - Alfenas, MG
Possui licenciatura em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1999), Mestrado e Doutorado em Estatística e Experimentação Agropecuária pela Universidade Federal de Lavras (2006). Atualmente é Professor Adjunto IV da Universidade Federal de Alfenas atuando como coordenador do Programa de Mestrado em Estatística Aplicada e Biometria e membro do NDE do Curso de Lienciatura em Matemática. Atua como professor permanente do Programa de Mestrado em Ecologia e Tecnologia Ambiental. Tem experiência de pesquisa na área de Probabilidade e Estatística, com ênfase em Estatística Aplicadas, atuando principalmente nos seguintes temas: Modelos de Regressão, Planejamento e Análise de Experimentos, Teoria de valores extremos e Inferência Bayesiana.
Gisela de Aragão Umbuzeiro, Universidade Estadual de Campinas - Limeira
possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Campinas (1979), mestrado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Campinas (1985), doutorado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Campinas (1990) e livre docência em Toxicologia pela Universidade de São Paulo (2011). Realizou pós doutorado no National Institute of Environmental Health Sciences (NIEHS) e na Environmental Protection Agency (EPA) dos Estados Unidos. Atualmente é professora e pesquisadora da Faculdade de Tecnologia da UNICAMP. Trabalhou 22 anos na Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). Foi presidente da Sociedade Brasileira de Mutagênese, Carciongênese e Teratogênese Ambiental. É professora do curso de Pós Graduação em Tecnologia e Inovação da Faculdade de Tecnologia da UNICAMP e credenciada na USP no curso de pós graduação em Toxicologia e Análises Toxicológicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas.Editora associada da Science of the Total Environment. Tem experiência na área de Toxicologia Ambiental, atuando principalmente nas áreas de: mutagênese, ecotoxicologia, toxicologia regulatória, nanotoxicologia e toxicologia de corantes.
Fábio Kummrow, Universidade Federal de São Paulo
p
Publicado
27/08/2013
Sección
Articulos