Avaliação da toxicidade dos extratos do Araribá (Centrolobium tomentosum) com utilização do bioensaio com Artemia salina
Palavras-chave:
medicamentos, fitoterápicos, taninos, camarão de salina
Resumo
Desde os primórdios da medicina o homem tem utilizado produtos naturais para o tratamento de doenças. Atualmente tem havido maior interesse no estudo com plantas de uso popular, em várias partes do mundo, visando a suas características terapêuticas. Nesse contexto, a espécie Centrolobium tomentosum, Fabaceae, conhecida popularmente como Araribá ou Araruva, tem sido empregada na medicina popular brasileira como adstringente, para o tratamento de feridas e contusões, devido à grande quantidade de taninos presentes na casca. Este trabalho teve como objetivo principal realizar ensaios de toxicidade para avaliar a atividade biológica dos extratos etanólicos de C. tomentosum e, como objetivos específicos, obter extratos concentrados de folhas, casca e lenho dessa espécie, além de determinar os teores de fenóis e taninos totais dos extratos obtidos. Amostras dos constituintes do araribá foram coletadas para obtenção de extratos etanólicos pelo processo de percolação. Em seguida foi realizada a identificação química qualitativa dos taninos hidrolisáveis e dos taninos condensados. Foi utilizado o método de Folin-Ciocalteu na quantificação do teor de fenóis e o método de precipitação com caseína na determinação dos taninos totais. Os extratos foram submetidos à avaliação de toxicidade com a utilização do bioensaio com Artemia salina e, o extrato etanólico da casca de C. tomentosum apresentou moderada toxicidade, com valor estimado de CL50 = 416 µg.ml-1, enquanto os extratos de folhas e lenho dessa espécie apresentaram baixa toxicidade, com CL50 = 537 µg.ml-1 e 826 µg.ml-1, respectivamente.
Publicado
19/08/2014
Edição
Seção
Especial
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