Avaliação espacial e temporal da qualidade da água na sub-bacia do rio Poxim, Sergipe, Brasil (doi:10.4136/ambi-agua.178)

  • Anderson Nascimento do Vasco Universidade Federal de Sergipe - UFS
  • Fábio Brandão Britto Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Sergipe - IFS
  • Ana Paula Sousa Pereira Universidade Federal de Sergipe - UFS
  • Arisvaldo Vieira Méllo Júnior Universidade de São Paulo - USP
  • Carlos Alexandre Borges Garcia Universidade Federal de Sergipe - UFS
  • Luis Carlos Nogueira Embrapa cacais e Planíceis Inundáveis
Palavras-chave: Monitoramento ambiental, recursos hídricos, qualidade da água

Resumo

A dinâmica de uso e ocupação do solo na sub-bacia hidrográfica do rio Poxim, em Sergipe, é fator determinante para o comprometimento da qualidade das suas águas. Este estudo teve o objetivo de avaliar a qualidade da água associado com aspectos relacionados ao uso e ocupação do solo, em quatro diferentes estações de monitoramento no período chuvoso e seco. Os parâmetros avaliados foram pH, OD, DBO, DQO, turbidez, Sólidos Dissolvidos Totais (SDT), fósforo total, nitrogênio amoniacal, nitrito e nitrato, no período de julho de 2009 a junho de 2010. As amostras de água foram coletadas em quatro estações de monitoramento (E1, no rio Poxim-Mirim; E2, no rio Poxim-Açu; E3, no rio Poxim, próxima à confluência dos dois afluentes citados; e E4, no ponto de captação para abastecimento público da Companhia de Saneamento de Sergipe) e analisadas no Laboratório de Química Analítica da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Os resultados foram comparados aos padrões brasileiros de qualidade para as águas doces (Classe 2), conforme a Resolução CONAMA n° 357/2005. DBO e DQO mostraram maior aporte de matéria orgânica, na estação E3. OD apresentou valores críticos nas quatro estações. Os nutrientes nitrogênio e fósforo apresentaram maiores concentrações nas estações E1 e E2 (parte alta da sub-bacia, com características agrícolas). A parte baixa da sub-bacia apresentou uma elevada degradação da qualidade da água devido ao processo de urbanização. Os parâmetros estudados indicam a baixa qualidade da água na sub-bacia do rio Poxim e a necessidade de adoção de medidas mitigatórias apropriadas.

Biografia do Autor

Anderson Nascimento do Vasco, Universidade Federal de Sergipe - UFS
Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Sergipe (2008), mestrado em Agronomia (Agroecossistemas) pela Universidade Federal de Sergipe (2011). Doutorando em andamento em Desenvolvimento e Meio Ambiente - Prodema. Tem experiência na área de Recursos Hídricos e ambientais, atuando principalmente nos seguintes temas: qualidade da água, análise quali-quantitativa de sistemas de recursos hídricos e modelagem ambiental.
Fábio Brandão Britto, Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Sergipe - IFS
possui Mestrado em Agroecossistemas na UFS e especialização em Engenharia Segurança do Trabalho pela Universidade Federal de Sergipe (1997) . Atualmente é professor titular do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe e Coordenador do Curso de Segurança do Trabalho do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe.
Ana Paula Sousa Pereira, Universidade Federal de Sergipe - UFS
Formada em Ciências Biológicas (2008) pela Universidade do Estado da Bahia. Mestrado em Agroecossistema pela Universidade Federal de Sergipe. Atua na área de Ecologia, Biodiversidade e Conservação. Atualmente desenvolve um projeto que versa sobre o monitoramento da qualidade da água da sub-bacia hidrográfica do rio Poxim - SE.
Arisvaldo Vieira Méllo Júnior, Universidade de São Paulo - USP
Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Lavras (1989), mestrado em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1992) e doutorado em Engenharia Civil (Engenharia de Recursos Hídricos) pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (1996). Foi Professor Adjunto da Universidade Federal de Sergipe (2006-2010) e atualmente é Professor RDIDP da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Engenharia de Recursos Hídricos e Engenharia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: modelagem hidrológica, sistema de suporte a decisão, gestão e planejamento de recursos hídricos, manejo de bacias hidrográficas, alocação de água, qualidade da água e análise de sistemas de recursos hídricos.
Carlos Alexandre Borges Garcia, Universidade Federal de Sergipe - UFS
Carlos Alexandre Borges Garcia concluiu o doutorado em Química pela Universidade Estadual de Campinas em 1997. Atualmente é PROFESSOR ASSOCIADO I da Universidade Federal de Sergipe. Publicou 18 artigos em periódicos especializados e 148 trabalhos em anais de eventos. Possui 6 itens de produção técnica. Participou de 45 eventos no Brasil. Orientou 3 dissertações de mestrado e co-orientou 1, além de ter orientado 20 trabalhos de iniciação científica e 1 trabalho de conclusão de curso nas áreas de Química, Engenharia Agrícola e Agronomia. Entre 2001 e 2006 participou de 3 projetos de pesquisa, sendo que coordenou 2 destes. Atualmente participa de 3 projetos de pesquisa, sendo que coordena 1 destes. Atua na área de Química, com ênfase em Eletroanalítica. Em suas atividades profissionais interagiu com 121 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. Em seu currículo Lattes os termos mais freqüentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Metais Pesados, Sedimentos, Água Produzida, Eletrodo íon-Seletivo, EVA, Eutrofização, Cromo, Curtume, EAA e Especiação
Luis Carlos Nogueira, Embrapa cacais e Planíceis Inundáveis
Possui graduação em Agronomia, pela Universidade Federal do Espírito Santo (1983), mestrado em Irrigação e Drenagem, pela Universidade Federal do Ceará (1987), e Ph.D. em Engenharia Agrícola e Biológica, pela Universidade da Flórida (2005). Atualmente é Pesquisador A da Embrapa Tabuleiros Costeiros. Tem experiência e interesse em pesquisa, desenvolvimento e inovação nas áreas de Ciências Agrárias e Biológicas, principalmente em assuntos voltados para energias renováveis, manejo de água, qualidade de água, microirrigação, aspersão, automação e avaliação de sistemas de irrigação, identificação e crescimento de plantas, estudos com sistemas agroflorestais e com novas culturas potenciais para usos ornamentais, medicinais e industriais. Tem experiência internacional nos Estados Unidos, Espanha e Israel.
Publicado
28/04/2011
Seção
Artigos