Coeficiente de desoxigenação, reaeração e potencial de auto purificação de um ribeirao urbano

  • Joao Paulo Cunha de Menezes UFLA
  • Ricardo Parreira Bittencourt UFLA
  • Matheus De Sá Farias UFLA
  • Italoema Pinheiro Bello UFLA
  • Luiz Fernando Coutinho de Oliveira UFLA
  • Ronaldo Fia UFLA
Palavras-chave: lançamento de efluentes, modelo qualidade de água, Streeter Phelps.

Resumo

Os modelos matemáticos utilizados para simular a qualidade da água e o processo de autodepuração de corpos d'água são importantes ferramentas de auxílio à gestão dos recursos hídricos. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto da poluição orgânica na qualidade da água e a capacidade de assimilação da matéria orgânica no Ribeirão Vermelho. Para essa finalidade, foi desenvolvido e testados os coeficientes de desoxigenação (K1) e reaeração (K2), em três trechos e em dois períodos distintos (verão e inverno). Os maiores valores de K1 e K2 foram obtidos durante o inverno, onde foram registrados as menores vazões. A simulação do processo de autodepuração foi realizada com o uso do modelo de Streeter-Phelps. A simulação do perfil de OD e DBO no verão apresentou aceitável calibração, tendo em vista a otimização dos coeficientes, evidenciando a prevalência da desoxigenação por demanda carbonácea sobre a nitrificação e a importância da reaeração natural no processo de autodepuração. Diferente comportamento foi observado no inverno, no qual os altos valores de produtividades sobressaíram no processo de reaeração no ribeirão. Apenas o parâmetro demanda bioquímica de oxigênio não respeitou os limites preconizados pela Resolução do Ministério do Meio Ambiente 357/2005, tendo ficado em toda a extensão do rio e, em ambos períodos, fora da regulamentação. Desta forma, conclui-se que o Ribeirão Vermelho não consegue se auto depurar ao longo de sua extensão até a foz, tendo a qualidade de suas águas influenciadas por lançamentos de efluentes que intensifica o processo de degradação do rio.

Biografia do Autor

Joao Paulo Cunha de Menezes, UFLA
Doutorando em Recursos Hídricos em Sistemas Agrícolas na Universidade Federal de Lavras. Possui graduação em Ciências Biológica pela Universidade Presidente Antônio Carlos, campus Araguari (2007) tendo concluído o mestrado em Produção Vegetal pelo Centro de Ciências Agrarias da Universidade Federal do Espírito Santo (2012), na linha de Planejamento e Manejo de Recursos Hídricos. Sua experiência está concentrada na área recursos hídricos, limnologia, ecologia aplicada para saneamento, restauração ambiental e modelagem ecológica em ambientes aquáticos. Além de ter experiência como educação ambiental, gestão ambiental. Sua ênfase atual na pesquisa está focada na área de gestão de bacias hidrográficas e monitoramento de ecossistemas aquáticos, atuando principalmente nos seguintes temas: re-estruração ecológica e de qualidade da água, reservatórios e rios, índices de qualidade de água, macro invertebrados bentônicos, interações tróficas e modelagem ecológica em ecossistemas aquáticos
Ricardo Parreira Bittencourt, UFLA
Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária pela Universidade Federal de Lavras (UFLA)
Matheus De Sá Farias, UFLA
Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária pela Universidade Federal de Lavras (UFLA)
Italoema Pinheiro Bello, UFLA
Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária pela Universidade Federal de Lavras (UFLA)
Luiz Fernando Coutinho de Oliveira, UFLA
Possui graduação em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Lavras (1986), mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Lavras (1992) e doutorado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (1999). Atualmente é professor Associado III do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Lavras, Bolsista em produtividade do CNPq, nível 2. Área de atuação: Engenharia de Água e Solo, Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos. Pesquisador associado ao grupo de pesquisa junto ao CNPq: Pedolgia e Qualidade Ambiental. Líder do grupo de pesquisa em Sanemaneto Ambiental. Orientações concuídas Doutorado (13) e Mestrado (10)
Ronaldo Fia, UFLA
Graduado em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal de Viçosa (2004). Doutor em Engenharia Agrícola (Recursos Hídricos e Ambientais) pela UFV (2008), Atualmente é professor Adjunto do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Lavras e Coordenador do Curso de Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária. Tem experiência na área de Engenharia Agrícola e Engenharia Ambiental e Sanitária, atuando em cursos de graduação e nos Programas de Pós-Graduação em Recursos Hídricos em Sistemas Agrícolas e Tecnologias e Inovações Ambientais nos seguintes temas: Qualidade de água; Tratamento de águas residuárias e resíduos sólidos agroindustriais e domésticos.
Publicado
20/10/2015
Seção
Artigos