Associação entre concentrações de poluentes do ar e tempo médio de internação por pneumonia em crianças

  • Luiz Fernando Costa Nascimento Universidade de Taubaté (UNITAU), Brasil
  • Paloma Maria Silva Rocha Rizol Universidade Estadual Paulista - FEG-UNESP
  • Andréa Paula Peneluppi de Medeiros Universidade de Taubaté - UNITAU
  • Iolanda Graepp Fontoura Universidade Federal do Maranhão - UFMA
Palavras-chave: material particulado, pneumonia, poluição do ar, poluentes do ar, saúde da criança, saúde pública

Resumo

Foi desenvolvido um estudo ecológico de series temporais sobre internações por pneumonia em crianças com até um ano de idade residentes em São José dos Campos, SP, entre 01 de janeiro e 31 de dezembro de 2009, para estimar o papel de poluentes do ar na duração da internação hospitalar. Os dados dos poluentes analisados PM10, SO2 e O3 e variáveis climáticas foram obtidos da CETESB. Os dados sobre internação foram obtidos do DATASUS. A análise estatística utilizou a regressão linear múltipla e defasagens de zero a cinco dias; a variável dependente foi o tempo médio de internação e as variáveis independentes foram as concentrações dos poluentes do ar ajustadas pela temperatura e umidade. Foi calculado R2 e a significância estatística adotada foi alfa = 0.05. Foram internadas 559 crianças no período de estudo com duração media de internação de 3,81 dias (dp = 4,06). PM10 esteve associado com a duração da internação no mesmo dia da exposição e quarto e quinto dias após a exposição (P <0.001, R2 = 0.08); com aumento de 15 μg.m-3 na concentração de PM10, houve aumento médio de um dia na duração da internação no mesmo dia da exposição e também quatro e cinco dias após a exposição. Assim foi possível mostrar o papel de poluentes do ar na duração da internação por pneumonia em crianças com até um ano de idade.

Biografia do Autor

Luiz Fernando Costa Nascimento, Universidade de Taubaté (UNITAU), Brasil
Graduado em Agronomia pela Universidade de Taubaté (1985), concluiu o Mestrado em Agronomia (Energia na Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, em 1991 e o Doutorado em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP), em 1997. Concluiu também uma Especialização em Engenharia de Recursos Hídricos pela Universidade de Taubaté, em 1992. Chefe do Departamento de Ciências Agrárias da UNITAU no período de 1999 a 2003 e Membro efetivo do Conselho Universitário da UNITAU no período de 2004 a 2006. Como Professor Assistente Doutor da Universidade de Taubaté, lecionou na Graduação em Agronomia da UNITAU as disciplinas Hidráulica, Irrigação e Drenagem; Hidrologia e Manejo de Bacias Hidrográficas e Legislação Agrícola e no Mestrado, a disciplina Hidrologia de Superfície. Com experiência na área de Agronomia, tem coordenado vários projetos na área de bacias hidrográficas com recursos do FEHIDRO - SP e do CNPq/CT-HIDRO. Atualmente coordena o Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade de Taubaté (PPGCA-UNITAU).
Publicado
20/08/2014
Seção
Especial