Visitação em parques insulares: indicadores como ferramenta de gestão

  • Ginessa Corrêa Lemos Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais, UNITAU
  • Getulio Teixeira Batista Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais, UNITAU
  • Maria de Jesus Robim Instituto Florestal, SP
Palabras clave: gestão da visitação, indicadores, Parque Estadual de Ilhabela

Resumen

A visitação em parques tem aumentado a cada ano, contudo as unidades de conservação, em sua maioria, não apresenta estrutura administrativa adequada e capacitada para fazer a gestão da visitação, especialmente quando se trata de ambientes insulares. O Parque Estadual de Ilhabela (PEIb) é um exemplo dessa situação, por isso foi selecionado para esta pesquisa, que teve por objetivo identificar indicadores para a gestão da visitação no parque. Para tanto, utilizou-se como referência a proposta de indicadores do Bountîle – Base de observação de usos náutico e terrestre em ilhas, desenvolvida por pesquisadores franceses para o Parque Nacional de Port-Cros, na França. O estudo apresenta duas etapas principais. A primeira, denominada de estudo da visitação, que buscou reunir informações e caracterizar a visitação. Já a segunda etapa foi a escolha de indicadores de gestão. Foram referências a proposta do WWF BRASIL (2004) e Tonge et al. (2005), da Austrália, que possibilitaram identificar os indicadores mais adequados e necessários a serem monitorados no PEIb. Dentre os resultados do estudo da visitação foram diagnosticados: o perfil dos visitantes, tipos de atividades realizadas, conflitos de uso e períodos de maior fluxo por atrativo oficial. Com base na análise da visitação no PEIb foram definidos 20 indicadores de gestão, a partir dos seguintes critérios: usos e usuários; condições climáticas; bem-estar dos moradores; segurança; perfil do visitante; bem-estar do visitante; comportamento do visitante; certificação; e, gestão e integração institucional. A diversidade dos critérios consistiu no principal resultado, pois dessa forma foi possível abranger os diversos aspectos necessários para a gestão da visitação em uma unidade de conservação. Os indicadores são flexíveis, podendo ser mudados a qualquer tempo, para que estejam sempre em harmonia com os objetivos de gestão e com indicações do plano de manejo. Devem ainda ser viáveis econômica, técnica e operacionalmente, e discutidos e testados com os funcionários do parque e atores locais, garantindo assim o monitoramento contínuo e a eficiência do sistema de gestão da visitação.

Publicado
19/08/2014
Sección
Special