Material particulado e internações por doenças isquêmicas do coração em Sorocaba, SP
Palavras-chave:
doença isquêmica do coração, séries temporais, material particulado, poluentes do ar, poluição do ar
Resumo
Há evidências de que a poluição atmosférica age como fator de risco em doenças isquêmicas do coração. O objetivo deste trabalho foi estimar a associação entre a exposição ao material particulado inalável (PM10) e as internações hospitalares por doenças isquêmicas do coração. Realizou-se estudo ecológico de séries temporais em indivíduos de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 50 anos, residentes em Sorocaba, São Paulo. Os dados de internações foram obtidos do portal DATASUS, CID-10 (I20 a I22 e I24 a I25), referentes ao período de 01 de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2010. As concentrações dos poluentes (material particulado, ozônio, dióxido de nitrogênio, óxido de nitrogênio e óxidos de nitrogênio), temperatura e umidade relativa do ar média foram fornecidas pela Agência Sanitária do Estado de São Paulo. Foi utilizado o modelo aditivo generalizado da regressão de Poisson com defasagens de até quatro dias. Houve 1804 internações no período. A exposição ao PM10 esteve associada com hospitalização por doenças isquêmicas do coração dois e quatro dias após esta exposição com RR= 1,006, IC 95% 1,001–1,012; um incremento de 21 μg m-³ nas concentrações de PM10 esteve associado a um aumento de 13 pontos percentuais no risco de internação para o segundo dia, e de 14, para o quarto dia após a exposição. Assim, foi possível identificar associação à exposição do PM10 nas internações por doenças isquêmicas cardíacas em indivíduos de uma cidade de médio porte de São Paulo.
Publicado
20/08/2014
Edição
Seção
Especial
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